Matheus Alves / Jornalistas Livres

Movimento de pequenos e médios agricultores assumiram autoria das pichações
A sede da Associação Nacional dos Produtores de Soja (Aprosoja) em Brasília foi invadida na manhã desta quinta-feira (14.10) e alvo de pichações com frases contra o Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o agronegócio. Veja vídeo sobre a invasão no final da matéria.
No prédio, há pichações nas partes externa e interna, com frases como “Fora Bolsonaro”, “Aprosoja é Fome!”, “agro é morte” e “soja não enche o prato”, além disso, ainda foram jogadas bolas de tinta na fachada é uma faixa com a frase “Soja não enche prato. Bolsonaro financia a fome!” foi pendurada na fachada do imóvel.
No vídeo divulgado pelo vice-presidente da Aprosoja, Fábio Meirelles, é possível ver os danos causados na sede da associação. Ele afirmou que o episódio foi uma “agressão direta ao presidente da República”. “Não existe providência de nada. Ninguém foi preso. A polícia está aqui apenas tirando fotografia apenas cumprindo sua função técnica porque eles foram muito rápido. Aproximadamente 60 ou 70 pessoas. Eu cheguei a presenciar. Trouxeram corta mental, alguns equipamentos para forçar abertura das portas. É uma invasão violenta, agressiva e não acontece nada”, declarou Meirelles.
A Via Campesina Brasil, parte de um movimento internacional de pequenos e médios agricultores, afirmou que foi a autora do “protesto simbólico” na Aprosoja, e que ato faz parte da “Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”, que consiste em atos nas cinco regiões do Brasil.
“A ação, que contou com a participação de cerca de 200 camponeses e camponesas, denunciou o protagonismo que o Agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil”, diz a Via Campesina Brasil.
Além disso, a Via Campesina também cita o fato de a Aprosoja ser investigada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposto financiamento de atos violentos no 7 de setembro. Em setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de saques da conta bancária da associação.
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Além da associação, o presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, também é investigado por participar de reunião em que uma invasão ao Supremo teria sido discutida. Antônio Galvan foi alvo de uma operação da Polícia Federal em agosto deste ano.
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Bom dia! Hoje amanhecemos com uma bela demonstração de como devemos tratar o Agronegócio. ????????
— Aline Antunes (@zicaline_) October 14, 2021
Via Campesina Brasil ocupa Aprosoja em Brasília nesta quinta-feira. Ação faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar que denuncia Agronegócio do país.#ContraAFomeForaBolsonaro pic.twitter.com/pbvUKVIfTH
MST depreda prédio da APROSOJA em Brasília
— Michel Teixeira (@michelwag) October 14, 2021
O escritório em Brasília que abriga a sede da Associação dos Produtores de Soja do Brasil foi depredado na manhã desta quinta (14). O ato de terrorismo foi praticado por elementos do Movimento Via Campesina Brasil, um braço do MST. pic.twitter.com/1RjXk6XA4o
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