25 de Novembro de 2024
25 de Novembro de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Política Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 08:02 - A | A

Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 08h:02 - A | A

Secretário citado em gravação nega ter recebido propina de Cachoeira

Secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, disse que nunca recebeu nenhum tipo de propina para pagar as faturas da Delta

G1.com

 

O secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), João Furtado Neto, citado em conversas de integrantes entre integrantes do grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira, diz nunca ter recebido nenhum tipo de propina para pagar as faturas da Delta Construção. "Isso é bazófia. Não há correspondência entre as falas e os fatos", disse o gestor da SSP, em entrevista ao G1 na manhã desta quinta-feira (19), em Goiânia.

Reportagem do telejornal Bom Dia Brasil mostrou, nesta manhã, áudio gravado pela Polícia Federal, durante as investigações da Operação Monte Carlo, onde o ex-diretor regional da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, reclama que João Furtado tinha suspendido o pagamento do contrato de locação de veículos. Abreu diz a Cachoeira que o secretário mandou um recado: "Se eu não voltar a cumprir com ele vai ficar tudo travado e ameaçou chegar no final do ano não renovar o contrato e licitar de novo". Dias depois, o repasse em atraso foi pago e o contrato com empreiteira renovado.

João Furtado diz ter falado com Cláudio Abreu por diversas vezes e o recebeu em pelo menos duas ocasiões em seu gabinete para tratar da locação de veículos, serviço prestado pela Delta à Secretaria de Segurança Pública. O secretário diz que, no período da conversa, gravada em 15 de julho do ano passado, ele pressionava a empresa para cumprir as exigências do contrato firmado com o estado.

Questionado sobre o que seria o "cumprir com ele" referido por Abreu, Furtado diz não saber e nega qualquer tipo de propina. "Essas pessoas tentaram interferir no meu trabalho, mandaram amigos me procurar. A diferença é que isso não aconteceu", disse. Sem dar nomes, ele conta que é assediado por lobista frequentemente.

Irregularidades

Um relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no fim de 2010 apontou diversas irregularidades na prestação do serviço. "O estado pagou por um tipo de carro e recebeu outro. Não tinha rádio nas viaturas. Eu cobrei a revisão de contratos e isso é público", alega o gestor.

Mesmo com as falhas na execução, o contrato recebeu dois termos aditivos e foi prorrogado até o fim de 2012. O secretário explica que conseguiu a adequação do serviço e, por isso, decidiu renovar o contrato, dentro do prazo permitido pela lei. Os termos aditivos, segundo ele, se devem ao aumento do número de viaturas.

Atualmente, a Delta aluga 1.981 veículos para a SSP, entre carros para a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e para o serviço administrativo da própria secretaria. Por isso, recebe mensalmente cerca de R$ 3,2 milhões.

Sobre a possibilidade de um rompimento de contrato com a Delta, João Furtado disse não ter tomado a medida após as denúncias da Operação Monte Carlo por "responsabilidade". Segundo ele, não há em Goiás nenhuma empresa habilitada a suprir esses veículos. Mas o secretário informa que está aberta a licitação para a prestação do serviço a partir do próximo ano.

Venda da casa

O secretário nega que a liberação de pagamentos em atraso à empreiteira tenha qualquer relação com a venda da casa do governador Marconi Perillo (PSDB). Na edição do último fim de semana, a revista Época apresentou escutas gravadas pela PF que, de acordo com a reportagem, mostram uma relação entre negociação da venda do imóvel com a liberação de recursos para a empreiteira. "Aquilo [a reportagem] foi uma irresponsabilidade. Atrasos acontecem no serviço público, mas tentamos sempre manter os pagamentos o mais próximo dos vencimentos", argumentou Furtado.

Para Furtado, os trechos das duas conversas se tratam de ilações e argumenta: “Esses áudios foram analisados pela Polícia Federal e MPF. Se eles entendessem que eu tive participação em algo ilícito, teriam me indiciado. Eu não tenho foro privilegiado”.

 

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760