O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, em entrevista ao nesta terça (08.03), se posicionou contrário a retirada do uso obrigatório de máscara no município.
Gonçalo revelou que no domingo (06.03) uma criança morreu em Várzea Grande por complicações da Covid-19, e avalia que não é o momento para flexibilização.
Contudo, Gonçalo citou que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município, o qual ele faz parte, irá se reunir amanhã (09) para debater sobre o assunto.
“Aqui no nosso município, com essa responsabilidade que tem a administração municipal, neste momento vamos reunir amanha com o Comitê para debater. Neste momento posso dizer, pela minha percepção, o que eu defendo e vou defender na reunião é que hoje estamos com pouco mais de 95% da população vacinável acima de 12 anos com a primeira dose, 80% dessa mesma população com a segunda dose e apenas 41% com a terceira dose, e a população infantil - de cinco a 11 anos, nos temos apenas 33% que tem a primeira dose, então, pensando neste cenário todo, estamos fazendo uma campanha de convencimento para atrair os pais para trazer seus filhos para vacinar, para atrair essa população para vir tomar essa terceira dose e temos uma meta de 70% da população coma terceira dose, que seria para dar uma segurança maior para todos neste momento” avaliou.
Segundo o secretário, “a máscara simboliza a pandemia e a cultura de responsabilidade social do brasileiro, como um todo, lamentavelmente não é boa”. “Esse pensamento esparramado de retirada da máscara pode ser perigoso no sentido de que ao tirar a máscara irá gerar na população a sensação de segurança que acabou a pandemia e isso é um risco e tem que ser analisado” destacou.
Para o secretário, a flexibilização já é possível graça a eficácia da vacina. “Por isso temos que encontrar uma maneira de flexibilizar, mas não deixar de lado que se tome essa terceira dose, que as crianças sejam imunizadas, essa pandemia não acabou, ela está sob controle pela eficácia da vacina, mas até quando dura essa proteção da cobertura vacinal? Até quando vai? Precisamos acreditar na ciência e deixar que a ciência aponte os melhores caminhos para seguirmos neste momento. A retirada da máscara, neste momento, a preocupação maior é no desinteresse pela procura da segunda dose. É nossa preocupação maior, mediante isso, defendemos que pelo menos nos ambientes fechados o uso obrigatório de máscara, principalmente em escolas e tudo isso será debatido na reunião de amanhã”, ressaltou.
Ao finalizar, Gonçalo fez um alerta: “A contaminação continua alta, o que da essa sensação de tranquilidade para tirar a máscara é a eficácia da vacina. Anteontem tivemos morte de criança por Covid. A Covid não acabou, precisamos de responsabilidade social para flexibilização, essa questão de não vacinar as crianças é dos pais, agora, é dever do gestor fazer o convencimento, as duras penas, conseguimos alcançar 30% das nossas crianças vacinadas, mas ainda é pouco. A hora que alcançar, principalmente a população abaixo de 65 anos, próximo de 70%, dai temos a chamada de imunização de rebanho”.
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