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Política Segunda-feira, 04 de Novembro de 2019, 11:56 - A | A

Segunda-feira, 04 de Novembro de 2019, 11h:56 - A | A

Grampos ilegais

Sargento foi “fantasma” no CIOPAER para atuar no escritório clandestino da grampolândia, apontam delegadas

Rojane Marta/VG Notícias

 

A sargento da PM Andrea Pereira de Moura Cardoso foi servidora “fantasma” no Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) para atuar no escritório clandestino montado por suposta organização criminosa, para funcionar esquema de escutas ilegais em Mato Grosso. A informação consta em ofício encaminhado pelas delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira – que comandam a Força Tarefa da Grampolândia, ao juiz da 11ª Vara Criminal Militar, Marcos Faleiros, em que pedem compartilhamento de provas de ação penal militar que tramita na Vara contra cinco militares.

No ofício, as delegadas citam que em depoimento, o coronel Alexandre Mendes relatou que enquanto a sargento Andrea foi realizar trabalhos afetos a interceptações ilegais no escritório clandestino a mesma encontrava-se lotada no CIOPAER, sob o comando do coronel Siqueira, não havendo nenhum documento de encaminhamento da mesma para outra seção.

As delegadas contam que diante disso solicitaram informações da escala de serviço da servidora e verificaram que ela era escalada normalmente para suas atividades laborais no CIOPAER, mesmo estando no escritório clandestino da Grampolândia.

Entenda - Conforme em Inquérito Policial Militar (IPM) o coronel Zaqueu Barbosa, em meados de setembro de 2014, quando exercia função de subchefe do Estado-Maior Geral da PMMT, decidiu estruturar um escritório que ficou denominado "Núcleo de Inteligência". A denúncia aponta que partiu dele a ideia da criação e, também, função de arregimentar os operadores do plano.

Em outubro daquele ano, cabo Gerson – também investigado no IPM, se dirigiu ao coronel Zaqueu e solicitou reforço, porque não tinha condições de ouvir todos os áudios. “Tantas já eram as interceptações telefônicas clandestinas, que um só homem não podia mais realizá-las”.

Por esta razão, a sargento da PM Andrea Pereira de Moura Cardoso, que trabalhava no CIOPAER, foi informada por seu comandante, no caso, então tenente coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, para procurar Zaqueu no Quartel do Comando-Geral da PMMT, pois teria um serviço para ela na atividade de inteligência. Apesar de não denunciado pela prática dos crimes militares, há indícios da participação de Siqueira na organização criminosa.

Há nos autos, ainda, indícios de que o coronel Siqueira Júnior não apenas sabia da existência do inventado Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, como dele participou com cessão da sargento Andrea. Esse fato tem indicação nas palavras da própria Sargento Andrea, ao revelar que, sendo recrutada para Núcleo de Inteligência ainda no ano de 2014, nele permaneceu até novembro de 2015, quando recebeu uma ligação de Gerson este disse para ela se apresentar na Casa Militar, quando foi dispensada por Siqueira de trabalhar no escritório clandestino.

 

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