O polêmico jornalista Gilmar Lisboa, enviou ao VG Notícias, email informando que deverá lançar no máximo em 30 dias, um livro relatando os bastidores da última eleição a prefeito em Várzea Grande. Ele que foi um dos assessores de comunicação do prefeito eleito, Walace Guimarães (PMDB), promete abrir “a mala preta” e contar o que sabe.
Lisboa, ainda durante o pleito eleitoral, foi ao 1º Serviço Notarial e de Registros em Várzea Grande, por meio de uma escritura pública de declaração, relatou alguns fatos que diz ter presenciado. A declaração foi feita três dias antes das eleições.
O jornalista conta que trabalhou os meses de agosto e setembro para Walace Guimarães, na função de assessor de imprensa, sendo responsável pela parte de jornais impressos, redes sociais e sites, todos vinculados a campanha. Ele diz ainda, que durante o período que trabalhou, pode presenciar a confecção e elaboração por parte de outros colegas de equipe, também ligados a campanha, dois panfletos apócrifos contra o ex-prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves- o Tião da Zaeli (PSD). Um deles, taxava Tião de mentiroso e comparava a figura de “Pinóquio”, os quais foram distribuídos na noite de três de outubro de 2012. Ele conta que os panfletos foram produzidos nos computadores e notebooks em uma produtora próximo a Todimo, na avenida Couto Magalhães, pelos assessores da campanha e funcionários da Assembleia Legislativa, Edson Vieira e Roldão Lima Junior e um rapaz com alcunha de “Chabo” ligado a M Produtora e que os panfletos teriam sido confeccionados em das gráficas (Roni e Intergraf). Ele afirmou ainda, que Walce Guimarães tinha pleno conhecimento dos fatos e não desautorizou a distribuição.
Gilmar Lisboa cita ainda, que os panfletos foram distribuídos por “Edson Gordo”, Roldão, Rafael Rondon e João Fortes (este último candidato a vereador pela coligação de Guimarães). O jornalista disse que presenciou diversas festas regadas a Whisky e fartura de comida. Confira abaixo na íntegra email enviado por Lisboa e o documento que relatou em cartório.
Naquela cidade, “colada” à capital Cuiabá, este jornalista atuou como assessor de imprensa na campanha do deputado estadual Walace Guimarães (PMDB), que venceu o pleito, por sinal - um dos mais concorridos, aliás, dos últimos anos naquele município.
Além de elencar fatos triviais do dia a dia da referida campanha, o livro, que leva o título provisório de Quem ganhou (de fato) a eleição em Várzea Grande, traz verdadeiras “pérolas”, ou como costuma frisar a Justiça Eleitoral, verdadeiros atos criminosos cometidos nos bastidores da campanha eleitoral do município. Crimes esses levados a cabo por todas as candidaturas, sem exceção.
Na sua obra, a primeira do gênero de sua longa carreira como jornalista, este colunista, no entanto, fará mais referência a fatos que ocorreram na campanha do peemedebista Walace Guimarães.
Desde as incansáveis incursões do candidato por bairros da cidade, para apresentar suas propostas de campanha, trabalho esse, aliás, digno de aplausos e reconhecimento, a ações de assessores seus que, supostamente desautorizados (ou não) pelo candidato, fizeram de tudo para consolidar a vitória do “patrão” nas urnas.
Neste último caso, a obra vai elencar atividades frenéticas e pouco recomendáveis em uma campanha eleitoral, como a atuação, com grande força, do chamado “comitê da maldade” do peemedebista, responsável pela confecção do material apócrifo levado às ruas contra os adversários do candidato; atividades, digamos assim, “terroristas” levadas a cabo por assessores deste para influenciar o eleitor do município; e ações que configuraram o uso descarado do “caixa dois” da campanha.
A obra também traz cópias reproduzidas (mas autênticas) de bilhetes de membros do alto escalão da campanha de Walace, recomendando a distribuição de favores (como vales combustíveis, vales construção e vales consultas, por exemplo) a eleitores abordados nas ruas e algumas gravações, em celular, dessas ilegalidades.
O livro Quem ganhou (de fato) a eleição em Várzea Grande será editado e impresso por uma empresa de Londrina (PR) e terá, mais ou menos, 200 páginas, inclusive com depoimentos e relatos de eleitores assediados por assessores de Walace.
Além de trazer um “fato bombástico”: uma gravação feita, em celular, no dia em que este jornalista foi ameaçado de morte por um assessor que frequenta a “cozinha” de Walace, por se recusar a participar de atividades ilegais levadas a cabo por tal campanha. O prefácio do livro virá assinado por um jurista conceituado de Cuiabá.
Outro lado: A reportagem do VG Notícias tentou contato com o prefeito eleito sem êxito. E até o fechamento desta matéria não houve retorno.
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