O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), cobrou nesta quinta-feira (1º.09) do Governo Federal uma solução para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano. Segundo ele, a manutenção do valor não pode ser apenas uma “promessa de campanha” do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), mas sim deve estar fixado na peça orçamentária para o próximo ano.
Nessa quarta-feira (31.08), o Ministério da Economia enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, em que prevê o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 405,21 para 21,6 milhões de famílias inscritas no programa social.
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A manutenção do valor de R$ 600 do Auxílio Brasil é uma promessa de campanha de Bolsonaro e do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em coletiva nesta quinta (1º), Marcelo Castro disse que a manutenção do valor não está prevista na peça orçamentária foi uma “surpresa” para todos.
“Para nós, foi uma surpresa o governo não ter mandado. O Lula está prometendo, o Bolsonaro está prometendo. A nossa expectativa era de que ele tivesse mandado uma proposta dando o reajuste de 200 reais. Uma pessoa de oposição pode prometer, mas o executivo não precisa prometer, ele propõe. Nada o impede [...] Ele [Bolsonaro] diz que vai continuar com esse valor no ano que vem, mas não propõe. Fica parecendo um discurso de candidato. O Legislativo está aqui para dialogar”, disse o parlamentar.
O relator explicou que a discussão sobre o Orçamento para 2023 só deve avançar depois das eleições, ou seja, a partir do mês de novembro, mas garantiu que irá se reunir com a equipe econômica e com líderes partidários para discutir à peça orçamentária, assim como buscar soluções para o Auxílio Brasil e a escassez de recursos para as chamadas despesas discricionárias.
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