Em reportagem publicada nesta quinta-feira (22.11), o 247 levantou a seguinte questão: "Onde estão os empresários que queriam energia barata?" (leia mais aqui). Pois eles, que estavam sumidos e intimidados diante do lobby das concessionárias do setor elétrico, começaram a aparecer. Em anúncio de página inteira, publicado em alguns grandes jornais, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, afirma que "sua conta de luz pode baixar muito a partir de janeiro, mas tem gente jogando contra". Ele diz ainda que a presidente Dilma fez a sua parte, assim como a Fiesp e criticou o lobby dos que se movimentam para impedir a aprovação da Medida Provisória 579 no Congresso.
Ainda que tardia, e posterior à bronca do Palácio do Planalto, a manifestação da Fiesp é saudável. Na noite de quarta-feira, o jornalista William Waack, que ancora o Jornal das 10, da Globo, leu editorial condenando a intervenção do Estado na economia – naquele dia, as ações da Eletrobrás haviam caído 20%. Miriam Leitão, também do Globo, já havia escrito um longo artigo contra a MP 579, que renova as concessões do setor elétrico, de forma que atende aos interesses não apenas dos acionistas das concessionárias, mas também dos consumidores.
O que parecia incompreensível era o silêncio dos empresários, justamente os grandes consumidores de energia. Mas agora, aparentemente, eles acabam de ser ligados na tomada, mais precisamente no 220. Não se sabe se de forma voluntária ou não, mas o fato é que começam a se mexer para a grande batalha do setor elétrico.
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