A participação do ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato (PSB), e do deputado estadual Mauro Savi (PSB) em um grupo político, supostamente interessado na morte do candidato a prefeito nas eleições de 2016, Junior Cesar Leite da Silva (SD) foi descartada pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco).
Em representação, investigada pelo NACO e julgada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ/MT), Junior Cesar Leite da Silva denunciou suposta prática de crime de ameaça perpetrado pelo comandante da Polícia Militar de Mato Grosso em Sorriso, Jorge Almeida, que segundo ele, seria a mando do ex-prefeito, com a participação de Savi.
“Consta que o Junior Cesar Leite da Silva, denunciou, junto a Superintendência da Polícia Federal, que estava sendo vítima de ameaças de morte por parte do comandante da Polícia Militar em Sorriso, Jorge Almeida, o qual estaria dando apoio à campanha do ex-prefeito Dilceu Rossato e ao deputado Estadual Mauro Savi, agentes políticos interessado em sua morte” diz trecho da representação.
Silva afirmou que na região de Sorriso, o comandante dá apoio a diversos fazendeiros, apoiador da campanha do ex-prefeito Dirceu Rossato e acompanha também a imobiliária Araguaia, prestando serviços a todos estes. “Que este comandante afirma a todos que quer pegar o ‘pé no chão’, apelido do denunciante. Afirma, ainda, que o oficial de justiça da Justiça Estadual em Sorriso, senhor Nilo, teria dito para a esposa do senhor Júnior, que este corre risco de vida. Que o deputado estadual Mauro Savi, o ex-vice prefeito Edson Talmilin e o prefeito Dirceu Rossato, candidato à reeleição, fariam um grupo político interessado na morte do declarante. Que o prefeito Dirceu Rossato estaria envolvido com um desmatamento ilegal em uma área central da cidade, com base em uma licença ‘fria’, vez que expedida após o desmatamento. Nesse episódio, Dirceu teria atuado em conjunto com a imobiliária Araguaia” cita a denúncia.
No entanto, o coordenador do Naco, promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, concluiu inexistir, por ora, indícios de participação de Mauro Savi e de Dilceu Rossato, no suposto grupo político interessado na morte de Silva.
“Por conseguinte, inexistir justa causa para a propositura da ação penal ou mesmo para dar continuidade nas investigações, promovendo, ao final, o arquivamento do feito, com fulcro no que dispõe o artigo 29, inciso VII, da Lei n. 8.625/93 (LONMP), e a parte final do artigo 71, inciso XII, da Lei Complementar Estadual n. 416/2010” diz parecer do Naco.
O presidente do TJ/MT acatou o parecer por ausência de indícios de delito e decidiu: “O membro do Ministério Público analisando os autos, não verificou indícios de participação do deputado Estadual Mauro Savi e do prefeito Municipal de Sorriso Dilceu Rossato, tanto que o fato está sendo apurado pela Promotoria de Justiça Criminal de origem em relação à possível ameaça de morte por parte apenas do comandante da Polícia Militar de Sorriso e, caso haja indícios de participação de autoridade com foro por prerrogativa de função, os autos serão encaminhados a instância superior. Igualmente, quanto ao crime ambiental, em tese, praticado por Dilceu Rossato, conjuntamente com a imobiliária Araguaia, da mesma foram, encontra-se em apuração nos autos de investigação contra magistrado, após o recebimento de notícia crime formulado pela Associação dos Moradores do Bairro Novo Renascer de Sorriso. Desta forma, conclui quanto à inexistência de justa causa para a propositura da ação penal ou mesmo dar continuidade às investigações” diz decisão.
Eleições 2016 – Nas eleições municipais de 2016, Junior Cesar Leite da Silva disputou o cargo de prefeito de Sorriso, ele obteve 246 votos, ficando em terceira colocação. Dilceu Rossato não conseguiu se reeleger, obtendo 17,551 votos – 45,23% da intenção dos votos. Para o cargo foi eleito Ari Lafin com 54.14%, ou seja, 21.008 votos.
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