Em meio à crise de seu governo, desgastado depois de manifestações pelo Brasil, a presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (24.06), às 14h, no Palácio do Planalto, com representantes do MPL (Movimento Passe Livre), que lideraram os primeiros protestos pelo País.
A ideia do encontro com os líderes das passeatas que levaram mais de 1,2 milhão de pessoas às ruas nas duas últimas semanas é reverter a imagem de que é uma governante que não ouve ninguém.
Às 16h, será a vez de Dilma se encontrar com os 27 governadores de Estado e do Distrito Federal, além dos prefeitos de capitais — eles dirão a ela que não têm mais como abrir mão de receitas municipais para atender às crescentes reivindicações por melhorias nos serviços públicos, sobretudo em relação ao setor de transportes.
Nesta terça-feira (25), uma nova rodada de reuniões será realizada, com a presidente Dilma recebendo outros segmentos representativos de movimentos jovens. Ainda estarão com a presidente os representantes de entidades tradicionais como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
No último sábado (22), o presidente nacional do PSDB e possível candidato à Presidência da República em 2014, senador Aécio Neves (PSDB), divulgou nota criticando o pronunciamento da presidente. Segundo Aécio, Dilma perdeu uma oportunidade única de se conectar com a população ao não reconhecer erros.
Segurança - A presidente Dilma Rousseff determinou a seus ministros que se mobilizem para que o governo dê à população, o quanto antes, as respostas cobradas nos protestos.
De acordo com pesquisa Datafolha feita com manifestantes de São Paulo, a presidente aparece somente em terceiro lugar na lista de preferidos para assumir a Presidência no ano que vem. Pessoas que saíram às ruas indicam o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. Depois dele, vem a ex-senadora Marina Silva e só então a presidente Dilma.
Mesmo sendo dia do aniversário de 90 anos de sua mãe, Dilma convocou reunião na manhã deste domingo (23), com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) para discutir a segurança da nova manifestação marcada para esta quarta-feira (26).
Dilma tem repetido que considera intolerável que continuem a ocorrer atos de vandalismo. A ação de inteligência, neste caso, é considerada fundamental.
Só que, mais uma vez, José Elito, que comanda a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), ficou de fora da reunião com Dilma.
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