O deputado estadual, Lúdio Cabral (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, em entrevista à imprensa, não descartou a possibilidade de o agora deputado estadual, Gilberto Figueiredo, ser convocado no legislativo estadual, na condição de ex-secretário de Saúde, para falar sobre a investigação da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), que apura suposto esquema na saúde estadual. Segundo Lúdio, os deputados se reuniram na tarde desta quarta-feira (26.04), para falar sobre o assunto.
"Foi uma reunião dos deputados estaduais, o Gilberto hoje está aqui na condição de deputado estadual, então ele participou como todos os deputados participaram e todos fizeram uma reflexão, uma avaliação sobre essas denúncias, sobre esse processo de investigação que está ocorrendo no âmbito da Decoor, com o Ministério Público, com o Poder Judiciário, inclusive em segredo de justiça", explicou.
De acordo, com Lúdio a pauta da reunião foi em relação aos fatos que estão sendo apurados, pois são graves e precisam de uma investigação rigorosa, e a Assembleia irá acompanhar e buscar as devidas informações para formar uma posição em relação à situação.
Lúdio declarou também que caso haja necessidade de convocar Gilberto para esclarecimento, ele fará. Contudo, na condição de ex-secretário.
"Iremos acompanhar as investigações que a Delegacia de Combate a Corrupção está realizando e aprofundaremos o levantamento sobre todos os contratos no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde. Havendo necessidade de ouvir o Gilberto, na condição de ex-secretário, faremos isso, mas respeitando, neste momento, a prerrogativa que ele tem, de ser deputado estadual e eu falo isso como deputado de oposição ao atual Governo", declara.
Segundo o deputado, as denúncias em questão estão relacionadas ao direcionamento de licitação, formação de cartel, e combinação de preços.
Ao ser questionado pela imprensa, se a investigação realizada pela Deccor, que é uma unidade ligada ao Estado, pode ter algum indicativo que prejudique a apuração, Lúdio Cabral nega e afirma que a legislação deixa claro que o delegado responsável tem autonomia, deste modo, nem o governador do Estado, Mauro Mendes (União), pode substituí-lo.
"Não! De forma alguma, nós temos que acreditar nas instituições, e o delegado ele tem autonomia funcional para fazer todo o tipo de investigação, e não podendo se quer ser substituído por qualquer decisão de quem Governa o Estado, a legislação deixa isso bem claro", afirmou.
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