Os profissionais da rede estadual de Educação decidiram em assembleia geral, realizada nesta segunda-feira (16.09), manter a greve deflagrada em 12 de agosto, por tempo indeterminado. O movimento grevista envolve mais de 90% dos educadores.
A categoria afirma que sem proposta oficial do Governo os trabalhadores não retornam as atividades. Durante a semana os servidores farão diversas panfletagens e protestos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), caso o Governo resolva enviar proposta nesta semana, visando por fim a greve, a categoria se reunirá na sexta-feira (20) em assembleia geral para avaliar o documento. No entanto, se o Governo não demonstrar interesse, a categoria irá programar ato público para quinta-feira (26) em Cuiabá.
"Nós não temos elementos que justifiquem a suspensão da greve, por isso está mantida. Em que pese a decisão do Governo em relação à greve vamos procurar meios legais e esperamos chegar até à última instância", disse o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.
O presidente do Sintep/MT afirmou que o que irá decidir o fim ou não da greve será a proposta do Governo. "Desde o dia 2 o governador instigou os trabalhadores, prometendo aumentar o percentual de investimento em educação, propondo uma proposta. Mas, parece que o governador está mais preocupado com a Copa do Pantanal e outras coisas. O que vai decidir o término da greve ou não é a proposta do governo e a assembleia", disse.
Em entrevista ao VG Notícias na sexta-feira (13) Henrique disse que o Sintep/MT irá recorrer da decisão do desembargador Marcos Machado, que considerou a greve dos profissionais abusiva e ilegal, e determinou que a categoria retornasse as atividades no prazo de 72 horas.
Quanto a multa estipulada pelo desembargador em R$ 23.760,00 ao dia, caso o Sintep/MT descumprir a decisão judicial, Henrique disse que multa nunca fui empecilho para os profissionais grevistas. “Não será a primeira vez que o Sintep/MT será multado por conta da greve. Isso não significa que o Sindicato está com dinheiro sobrando para pagar multa, mas, não podemos deixar que a multa vire empecilho para acabar com o movimento grevista” enfatizou.
Os educadores lutam por melhores condições de trabalho, reajuste salarial, melhoria das escolas que não possuem estruturas para atender com qualidade o aluno e que ainda, alegam que os convocados do último concurso público não foram suficientes para atender a demanda.
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