O deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), em entrevista ao programa No Ar, conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, nesta quinta-feira (21.09), enfatizou que ser candidato tem um único propósito: defender um programa com princípios claros e uma aliança bem definida para disputar as eleições e, posteriormente, governar.
Lúdio destacou que não acredita em ser candidato ou vencer a qualquer custo, argumentando que isso prejudica a vida da população. Para ele, uma vitória nas eleições só faz sentido se for seguida pela construção de um programa de mudança e solução dos problemas estruturais enfrentados pela cidade.
Com uma carreira de 27 anos na área da saúde pública, Lúdio apontou a saúde pública, como maior desafio de Cuiabá. Ele afirmou que, para se candidatar, é necessário formar uma aliança capaz de enfrentar e resolver os problemas estruturais da saúde, incluindo a realização de concursos públicos e o fortalecimento dos serviços públicos e da atenção primária à saúde.
Ele enfatizou que é essencial superar a lógica do governo vigente em Cuiabá, bem como em todo o Estado. Essa superação requer uma aliança com limites definidos. Lúdio Cabral destacou que não abrirá mão dessa perspectiva, pois, para ele, disputar eleições só faz sentido nessas condições.
“Superar a lógica que governa Cuiabá hoje e que vai superar a lógica que governa o Estado. Isso significa um arco de aliança com um limite que não pode ir além deles. Agora aqueles que se incomodam com os limites que eu estabeleço e com as condições para apresentar um programa para cidade e uma aliança para disputar e governar é problema deles. Eu não vou abrir mão dessa leitura da realidade que eu tenho, porque para mim só faz sentido disputar eleição nessas condições”, frisou Cabral.
Questionado se seguirá o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em buscar diálogo com adversários históricos, como Lula fez com seu ex-adversário Geraldo Alckmin, Lúdio afirmou que é possível seguir esse exemplo de grandeza do presidente. Ele citou o caso de Lula, que chamou Alckmin para uma responsabilidade comum, reconhecendo que enfrentariam desafios maiores do que suas diferenças.
Lúdio também abordou o contexto político de Cuiabá, marcado pela disputa entre o governador Mauro Mendes (União) e o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB). Ele acredita que o PT tem a possibilidade de chegar ao segundo turno, mas destacou a necessidade de construir um arco de alianças e convencer a população cuiabana, especialmente aqueles que têm resistências ao PT.
“Uma parcela da população, um terço dela rejeita o PT, eu ouço sempre as pessoas dizendo que eu sou um bom nome, mas não votarão em mim por estar no PT. Então, nós temos que procurar dialogar com essa parcela da população para reduzir essas resistências”.
Por fim, Lúdio Cabral destacou que está construindo um caminho baseado na coerência programática. Apesar de suas críticas ao agronegócio, ele está buscando diálogo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na esperança de estabelecer uma aliança que inclua o PSD em apoio ao PT.
Quanto às conversas com outras legendas, Lúdio enfatizou a importância da coesão com os princípios e valores do projeto de mudança que pretende apresentar para Cuiabá. “Portanto, o MDB na minha opinião não deve estar no nosso arco de alianças em Cuiabá porque aí significaria incoerência com a proposta de mudança que nós queremos apresentar. Mas cabe o PSD, PSB, Rede, PSOL, partidos de esquerda que não estão organizados eleitoralmente, mas que podem contribuir para construção de um programa para cidade e cabe especialmente o diálogo com o conjunto da população, das entidades da sociedade civil, daqueles que atuam no cotidiano da cidade”, finalizou o pré-candidato Lúdio Cabral.
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