Sob orientação do líder do Governo na Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado Dilmar Dal Bosco (União), a maioria dos parlamentares rejeitaram nesta quarta-feira (08.11) um requerimento de audiência pública para debater Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 64/2023, que libera extração de minérios em área de Reserva Legal no Estado.
O projeto de autoria do Poder Executivo possibilita a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) autorizar a realocação da reserva legal do imóvel rural para extração de substâncias minerais. O requerimento rejeitado foi apresentado pelos deputados Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD).
Após a votação, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) expressou sua vergonha com a decisão do Parlamento. Barranco chamou atenção para o momento extremo de mudanças climáticas ao questionar os colegas por tolher o direito à discussão.
Querem aprovar na Assembleia Legislativa um projeto para permitir mineração em áreas sagradas de produção de água
“Cuiabá tem batido 45 graus. O mundo está em efervescência. Hoje é dia 8 de novembro e praticamente ainda não choveu em Mato Grosso. São sinais vitais de que o homem está corroborando para que a situação no planeta fique insustentável. Os cientistas estão dizendo que daqui a 10 anos, ou menos, Cuiabá vai chegar a 50 graus, inabitável”, declarou o deputado.
Barrando classificou o projeto como inconstitucional e pecaminoso. Ele cita interesse de empresas ligadas ao Governo do Estado e afirma que ambição vai levar a humanidade à ruína.
“(...) Essa ambição vai nos levar ao fim do mundo, esse querer ter mais do que a própria natureza nos permite ter, avançar além do sinal para obter lucros e mais lucros. Sabemos os grandes grupos com interesse, inclusive empresas ligadas ao Governo do Estado, ao governador do Estado, mas caso necessário, vamos à Justiça provar a inconstitucionalidade.”
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