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Política Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2013, 14:01 - A | A

Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2013, 14h:01 - A | A

João Emanuel afirma que vídeo foi editado antes de ser enviado ao procurador Geral do Estado; “Saio desta crise maior do que entrei” diz

por Izabella Araújo/VG Notícias

Em nota emitida nesta segunda-feira (02.12), o vereador e presidente afastado da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD) - acusado de cometer várias irregularidades e desvios a frente da Casa de Leis -, alega que somente agora teve acesso a todos os depoimentos e pode constatar que se “trata de armação política, articulada pelo grupo do prefeito Mauro Mendes (PSB)”.

O parlamentar afirma que após ler o depoimento do policial civil Wilton Brandi Hohlenwerger Júnior - que atua no setor de inteligência do Palácio Alencastro, tem certeza que há conotação política por trás das ações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Ainda segundo João Emanuel, a armação surgiu por parte do secretário Municipal de gestão, Pascoal Santullo Neto e do advogado particular do prefeito Mauro Mendes, José Antônio Rosa.

Ele alega que o grupo de Mendes, após não conseguir afastá-lo da Presidência da Casa durante sessão clandestina, armou a gravação com a suposta vítima. “Não conseguindo afastar o presidente em sessão clandestina, o Secretário de Gestão, Pascoal, juntamente com o advogado do prefeito Mauro Mendes, articularam grampo numa suposta vítima de compra e venda particular de imóvel” cita.

O parlamentar diz ainda, que o policial que atuava na Prefeitura de Cuiabá obedecia às ordens do secretário municipal de gestão e atendeu orientação do advogado José Antônio Rosa que havia fracassado judicialmente na tentativa de validar o afastamento.

Conforme o social-democrata, os vídeos divulgados - em que ele aparece explicando como negociar falsificação de notas, são clandestinos, produto de uma ação política.

“O vídeo em questão, além de ser produto de uma ação política, é clandestino, porque providenciado por terceiros que não a própria suposta vítima. Conforme o depoimento do policial, foi o próprio secretário quem encaminhou o material nitidamente editado ao procurador Paulo Prado”, declara.

João Emanuel finaliza garantindo que sai dessa crise maior do que entrou, pois, segundo ele, conseguirá demonstrar “nitidamente o interesse político de interferência no Parlamento Cuiabano”.

Entenda – João Emanuel é alvo de investigação da Operação Aprendiz, deflagrada em 28 de dezembro, pelo MPE e Gaeco, por suposto envolvimento em esquema criminoso de desvio de dinheiro público por meio de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pela Câmara Municipal de Cuiabá. Ainda, ele é acusado de utilizar documento falso de propriedades para tentar captar dinheiro. Na Casa de Leis, o vereador também é investigado por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Grilagem urbana.

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