O senador da República, Jayme Campos (DEM) em entrevista ao VGN no AR, teceu duras críticas à Petrobras por promover diversos aumentos no valor dos combustíveis neste ano.
Com o Governo Federal como seu maior acionista, Jayme cogitou uma movimentação para privatização da estatal, bem como, apontou que a política de preço aplicada pela empresa visa somente "dar lucro" para seus acionistas.
“Essa política até agora não entendemos. O que se dá para perceber, me parece que estão preparando a possível privatização de uma parte ou de toda a Petrobras. A Petrobras esse trimestre passado deu R$ 45 bilhões de resultado positivo e foi feita distribuição do lucro da Petrobras para seus acionistas. O que dá para entender que hoje a Petrobras tem uma finalidade, é dar lucro para quem compra ações dela”, criticou Jayme, na última segunda-feira (27.09).
Para Jayme, ninguém tem acesso a Petrobras e precisa ser aberta urgentemente. Segundo o senador, a política de preço aplicada pela empresa é um mistério e lamentavelmente o Congresso pouco pode fazer.
“O papel do Congresso é de forma muito exitosa fazer bons projetos, discutir no mérito as políticas públicas do Brasil. Todavia, alguns setores não têm nenhuma participação do Congresso, tanto o Banco do Brasil, a Petrobras é uma caixa preta, e outros setores do Governo que lamentavelmente o Congresso pouco pode fazer”, declarou o senador.
As críticas do senador foram após ser questionado sobre o posicionamento do presidente da Petrobras, general Joaquim Luna e Silva que rejeitou promover mudanças na política de preços dos combustíveis e do gás de cozinha por causa da inflação e a declaração do diretor de Comercialização e Logística, Claudio Mastella, que declarou que os preços estão defasados em relação aos preços internacionais e a Petrobras evita repassar o preço ao mercado interno.
“Eu acho que algumas providências do Governo Bolsonaro têm que tomar, e não é só nessa questão, tem óleo diesel, é o gás, tudo que vem do subproduto do combustível está subindo muito. Tudo está chegando ao ponto da exaustão”, alertou o senador.
Cobrando uma ação do Governo Federal, Jayme classificou como 'diarreia' o aumento quase que semanal nos preços dos combustíveis.
“Ninguém sabe esse mistério, mas tem que ser feito um estanque, porque certamente as atividades do Brasil especialmente aqui em Mato Grosso é um grande consumidor de óleo diesel, para fazer essa grande produção demanda milhões e milhões de combustível, aí eu pergunto, isso não vai onerar? Não sei quais as providências que o Governo Bolsonaro vai tomar para estancar essa diarreia em relação aos preços de combustíveis”, encerrou o senador.
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