A deputada estadual Janaina Riva (MDB) em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (30.08), avaliou que uma abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a alta do preço do ‘gás de cozinha’ em Mato Grosso pela Assembleia Legislativa, seria criar uma falsa expectativa na população.
Isso porque o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - popular ‘gás de cozinha’ - é regulado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“O que eu tenho dito para os colegas é que nós não podemos criar mais falsa expectativa nas pessoas, temos que ser claros, transparentes, então, essa é uma CPI que na minha opinião, não tem nada a dar para a população. É logico que o valor está um absurdo, está caro, agora uma CPI vai mudar alguma coisa? Não vai! Eu não vejo a necessidade de mais uma CPI, mais gasto para Assembleia”, declarou a deputada.
Para Janaina, a CPI também não terá resultado, especialmente em um ano eleitoral. Ela destaca que estão em tramitação na Casa de Leis, sendo que quatro têm assinatura e três estão funcionando. Contudo, a única que é a CPI da Sonegação Fiscal.
“Não queremos mais uma CPI da Energisa, praticamente todos os deputados têm essa compreensão, estamos em um ano pré-eleitoral, não adianta a gente ficar jogando para a plateia e dizer para as pessoas que a gente vai fazer um CPI do gás e vai baixar o preço do gás, tem muita coisa por trás disso e a regulamentação sequer é estadual, assim como também a energia”, declarou Riva.
Ainda conforme a deputada que não assinou o pedido da CPI, o deputado Gilberto Cattani (PSL) – autor do pedido - sofreu três baixas. Segundo ela, convencidos da falta de eficácia de uma CPI do gás de cozinha, os deputados, Romoaldo Júnior e Carlos Avallone retiraram o nome impossibilitando a abertura, ou seja, se a proposta precisa obter 16 assinaturas para viabilizar a CPI.
Pensei e conversei com alguns colegas que também retiraram a assinatura porque entenderam que não tinha benefício nenhum para a sociedade: “Cattani tem liberdade para fazer e é uma bandeira dele, acho uma bandeira justa, e temos outras formas de ir mais a fundo nisso junto com a Sefaz, com as distribuidoras, tem como fazer isso de forma alternativa. Vejo que ele tem essa bandeira, mas ele tem que entender a vontade da maioria”, encerrou a deputada.
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