Mesmo após a decisão do desembargador Marcos Machado, que considera a greve dos profissionais da rede estadual de Educação, abusiva e ilegal, e determina que a categoria retorne as salas de aula no prazo de 72 horas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, em entrevista ao VG Notícias nesta quinta-feira (12.09), garantiu que a categoria não retornará as atividades. A greve foi deflagrada em 12 de agosto, por tempo indeterminado.
Vale destacar, que na decisão, o desembargador estipulou multa diária de R$ 23.760,00 caso o Sintep/MT descumprisse a ordem judicial.
De acordo com Henrique, uma nova assembleia geral foi marcada para próxima segunda-feira (16.09) às 14h, ao qual toda categoria será ouvida para decidir se irão retornar as aulas ou não. Os educadores lutam por melhores condições de trabalho, reajuste salarial, melhoria das escolas que não possuem estruturas para atender com qualidade o aluno e que ainda, alegam que os convocados do último concurso público não foram suficientes para atender a demanda.
O governo não apresentou até o momento nenhuma solução oficial para a comissão formada pelos profissionais, que também não aceitam a data de 15 de outubro estipulada pelo governo para apresentar proposta que demonstre a possibilidade de “equiparação salarial da educação com outras categorias”, ou seja, o reajuste salarial em 10,41%. O Sindicato não concorda em aguardar o resultado desse estudo porque teria sido exatamente a posição governamental de “condicionar o atendimento da pauta de reivindicações aos prováveis resultados de mais um grupo de estudos”, a principal motivação para deflagração da greve.
Com isso, os mais de 430 mil alunos terão que aguardar até a próxima semana a partir da decisão da assembléia geral para poderem retornar ou não as salas de aula.
Protestos – Ontem (11), durante passeata dos trabalhadores da rede estadual de educação em Cuiabá, a categoria protestou também contra a decisão do desembargador "Ilegal é o governo do Silval" e "Machado, Machado, nós somos abusados" foram alguns dos gritos dos manifestantes.
Na passeata o presidente do Sintep/MT também adiantou que se não houver proposta a categoria não terá elementos para retornar às atividades. “Em greve estamos e em greve vamos continuar", disse Henrique.
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