Secom-MT
Secretário de Cuiabá afirma que mudança do modal irá causar "impactos significativos” no trânsito da Capital e de VG
A Câmara Municipal de Cuiabá realizou nesta sexta-feira (14.05) audiência pública para debater os detalhes dos estudos e modelagens técnica e econômico-financeira que subsidiaram a escolha pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, em Cuiabá e Várzea Grande.
Na audiência, o assessor especial da Secretaria Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra/MT), Rafael Detoni, (representante do Governo do Estado), afirmou que a consultar popular sobre a troca do modal foi realizado somente mês, e não ainda na fase de elaboração do projeto, porque faltava o Governo saber todos os detalhes técnicos dos custos e o projeto de alteração do sistema para depois levar à população a informação e solucionar possíveis dúvidas.
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Ele disse que o tema “consulta pública” na mudança do modal depende muito da “direção do vento”, exemplificando que como Cuiabá cobra tal consulta se no passado, ao realizar nova licitação do transporte coletivo, optou por não chamar a população para ser ouvida. “Eles são os maiores atingidos neste caso. Tinha que ser ouvidos e não foram!”, declarou o representante do Governo.
Detoni ainda utilizou outro exemplo: “Na implantação da Estação Ipiranga, se empurrou aquela estrutura do intermunicipal, que conta com bilhetagem, para apenas fixa a estrutura do sistema do transporte municipal. Não se ouviu Várzea Grande que depende do transporte intermunicipal, sendo que eles foram empurrados para o canto em um espaço que mal tem uma cobertura”.
Rafael voltou afirmar que o trânsito de Cuiabá e de Várzea Grande não sofrerá “estrangulamento” com alteração do modal, e que no BRT os passageiros irão esperar em média 8,5 minutos pelo transporte, sendo que no VLT o tempo de espera seria de 12 minutos.
Já o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Juares Samaniego, contestou a informação de Detoni e afirmou que o trânsito da Capital e de Várzea Grande “sofrerá impactos significativos” causando o “estrangulamento”. Ele disse que o Governo do Estado apresenta o BRT sem que tenha um estudo de viabilidade junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Ainda segundo o secretário, o Estado apresenta o novo modal como se o mesmo estivesse “pronto, funcionando”, sendo que ter um projeto para implantação do modal. “O material apresentado para consulta pública é inconsistente. É um material ilusório, no qual se coloca um valor que não é real”, finalizou.
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