O Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou indícios de fraudes em processos licitatórios de cinco obras referentes a escolas estaduais, localizadas em Várzea Grande.
As investigações apontaram que empresas ligadas ao esquema de fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), teriam vencido de forma fraudenta licitações para executar obras no município. As empresas eram escolhidas “a dedo” pelos membros da organização criminosa para executar as obras.
O esquema tinha como articuladores três servidores da Seduc, o secretário adjunto da pasta, Wander Luiz dos Reis, e os servidores Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva, que garantiam que as licitações fossem direcionadas para as 23 empresas ligadas ao esquema fraudulento, mediante recebimento de propina.
Uma das obras que teve o seu processo licitatório fraudado pelo grupo é o da reforma da Escola Estadual Professora Arlete Maria da Silva, localizada na Cohab Asa Bela. A obra está orçada em R$ 1.229.013,82 milhão, e foi motivo de Ação Judicial já que há 25 anos não passava por reforma.
De acordo com informações de funcionários da escola, a obra foi iniciada há poucos dias e está sendo executada pela empresa Etag Construtora Comércio Ltda. A licitação prevê reforma geral ampliação e cobertura da quadra de esportes.
Também foram detectados indícios de fraudes durante o processo licitatório destinado a reforma realizada na Escola Estadual Emanuel Pinheiro, localizada no bairro Cristo Rei. O Gaeco aponta que a obra estava orçada R$ 166 mil, mas a fraude não teria se concretizado.
Outras três obras em escolas estaduais de Várzea Grande, também tiveram indícios de irregularidades em seu processo licitatório, porém, segundo o Gaeco, a fraude não foi concretizada, são elas: obra de drenagem no valor de R$ 110 mil na Escola Licínio Monteiro; construção de uma quadra poliesportiva na Escola Mercedes de Paula Soda, localizada no bairro Jardim Paula I, no valor de R$ 476 mil; e uma terceira obra que está orçada em R$ 5,5 milhões, mas que não teve revelada a unidade escolar, e nem o tipo de reforma.
Outro Lado – A reportagem do VG Notícias tentou falar na Etag Construtora, mas até o fechamento da matéria não conseguiu contato com nenhum dos representantes da empresa.
Confira vídeo da negociação:
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