O senador Wellington Fagundes (PL-MT) avaliou que diante do cenário eleitoral da última eleição, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), em seis meses, deve se filiar ao Centrão e mudar a postura radical.
Segundo Fagundes, o resultado da eleição deixou claro que o povo brasileiro já está cansado do radicalismo. Para o senador, o eleitor deu um recado nas urnas: “O povo quer diálogo! E isso faz parte do pensamento do Centro.”
“O Centro tem que conversar com a Esquerda e também com a Direita. Se não conversar não é Centro. Eu acho que o presidente começou a ter essa visão de que ele precisa conversar com todos, inclusive, eu acho que ele mudou muito. A tendência que eu vejo, é que daqui para seis meses o presidente vai mudar, ele vai ter que filiar a um partido ou aprovar o partido dele, porque parece que não aprova. Então acredito que ele vai filiar e não vai filiar a um partido radical, nem de direita nem de esquerda, a tendência é buscar o centro”, avaliou o senador na última terça-feira (01.12).
Wellington Fagundes lembrou que a postura radical levou ao Governo encontrar dificuldades políticas e ideológicas para aprovar alguns projetos e agora precisa dialogar para aprovar a Reforma Tributária.
Segundo ele, na qualidade de presidente da Frente Parlamentar de Logística tem se reunido com investidores que desejam investir no Brasil, a exemplo, o fundo dos Emirados Árabes, que esperam a Reforma Tributária para terem segurança jurídica para investir no país.
“O Brasil tem hoje uma necessidade de recurso, o mundo quer investir no Brasil, por todas as condições, o Brasil é produtor de alimento, tem espaço para continuar produzindo, nos temos uma reserva mineral das maiores, para você ter uma ideia Mato Grosso não temos nem 1% explorado. Então, o que nós precisamos aqui é principalmente infraestrutura. E as concessões, comprar hoje, fazer investimento no Brasil, claro que o retorno é muito rápido, então nós temos um problema, falta de segurança jurídica. Então, a falta de segurança jurídica impede esses investimentos de longo prazo” afirmou Fagundes.
O parlamentar lembrou ainda, que apresentou uma proposta de emenda à Constituição, que estabelece impedimentos para que mudanças em contratos de concessão.
“Eu tenho uma emenda constitucional, para quem vai assinar um contrato de 20, 30 anos. Ele não pode ficar esperando quem será o Governo de plantão, isso tem que ser uma política de Estado, permanente, ou seja, aquilo que foi assinado por um Governo que está no mandato, ele tem que ser seguido pelo outro Governo de acordo com o prazo no contrato”, defendeu.
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