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Política Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014, 09:20 - A | A

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2014, 09h:20 - A | A

'Expectativa não me deixa dormir', diz Jefferson sobre prisão

Jefferson foi condenado a cumprir pena em regime semiaberto por envolvimento no esquema do mensalão. Ele recebeu pena de sete anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

JB

Aparentando cansaço e vestindo uma camiseta da Harley Davidson, o ex-deputado federal Roberto Jefferson apareceu na varanda da sua casa em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, e conversou rapidamente com a imprensa na manhã desta segunda-feira, enquanto aguarda que a Polícia Federal receba seu mandado de prisão, expedido na sexta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. "É o destino. Tenho que cumprir a minha pena, estou sereno, mas a expectativa não me deixa dormir. Se eu disser para você que sou o Superman é mentira. Deito e não consigo dormir, estou angustiado", afirmou.

Jefferson foi condenado a cumprir pena em regime semiaberto por envolvimento no esquema do mensalão. Ele recebeu pena de sete anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado afirmou que está sempre em contato com seus advogados para saber quando a Polícia Federal receber o mandado de prisão. "Não tem problema nenhum eu ir no carro da Polícia Federal", disse. Viaturas e agentes da PF aguardam o recebimento do mandado em frente à residência.

Jefferson brincou ainda sobre a vitória por 3 a 0 do Botafogo em cima do Fluminense no domingo. "O que aconteceu com a turma da imprensa? Foi eu botar a bandeira do Botafogo e todo mundo meteu o pé", brincou o ex-deputado sobre a vitória, afirmando que depois do jogo não havia mais jornalistas em frente à sua casa.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson deu um passeio de moto no domingo. O passeio do ex-deputado em sua Harley Davidson durou cerca de três horas. Ao voltar para casa, de capacete, jaqueta de couro e calça jeans, Jefferson disse a jornalistas que estava "desfrutando os momentos finais" da sua liberdade. Ao chegar do passeio, ele foi recebido por um comerciante que doou R$ 100 em dinheiro para ajudar a quitar a multa de R$ 720 mil determinada pelo STF.

Condenado aguarda mandado para ser preso

Uma viatura e quatro policiais chegaram no sábado em frente à residência do ex-deputado. O mandado que autoriza a prisão ainda precisa ser remetido à Justiça Federal do Rio e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal.

Após ser informado por seus advogados de que o mandado de prisão será enviado à Polícia Federal apenas na segunda-feira, Roberto Jefferson disse que irá aguardar até o começo da semana para seguir com os agentes até a Superintendência de instituição no centro do Rio. Ele aguarda o cumprimento da decisão da Justiça ao lado da família, colegas do PTB e seu médico particular, Ibsen Ribas. "Só posso levar minha medicação para a prisão com um receituário, a própria PF me informou isso", explicou.

Segundo os policiais presentes em frente à casa, Jefferson veio à varanda de sua casa por volta da meia-noite e afirmou que irá se entregar assim que for intimado. Ele, inclusive, disse aos agentes que eles podem imprimir o mandado de prisão em sua casa. A assessoria da PF explicou que o documento será remetido por e-mail para os policiais que estão de plantão no momento em que chegar à Superintendência.

“Os meus advogados estão na Superintendência no Rio. Eu não posso me apresentar sem ordem de prisão. A hora em que a ordem chegar, podem imprimi-la aqui em casa e eu vou com eles (polícia) para o Rio. Estou pronto e aguardando desde as 5h30, achei que a ordem chegaria às 6h”, disse o ex-deputado ontem.

Por volta das 7h, Jefferson foi à janela da casa e perguntou aos policiais se o mandado já havia chegado. Ao receber a negativa da polícia, acenou, agradeceu e se retirou. Após ser preso, Jefferson seguirá para a Superintendência da Polícia Federal, na praça Mauá, centro do Rio. Ele pode optar por ir em seu carro ou acompanhar os agentes da PF na viatura.

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