“Não tenho absolutamente nada a ver com os grampos. Eu não grampeei ninguém, não mandei grampear ninguém, agora, algo existiu aí”, se defendeu novamente, o governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), quanto as acusações de ser um dos “mandantes” do suposto esquema de escutas ilegais contra políticos e autoridades de Mato Grosso, montado no Núcleo de Inteligência da Polícia Militar. A declaração do governador foi feita em entrevista concedida à rádio CBN Cuiabá.
Segundo Taques, ele chegou a ser comunicado da existência dos grampos, e enviou a denúncia para o Ministério Público Estadual investigar.
“Eu fui comunicado pelo então secretário estadual de Segurança, informalmente, da existência desse grampo, como o governador recebe fofoca todos os dias, eu falei coloca no papel, o que ele colocou no papel eu enviei ao Ministério Público Estadual, ao Gaeco, e daí está fora da minha governança” disse.
Taques também negou ter recebido documento relatando o suposto esquema do promotor Mauro Zaque. “O promotor Mauro Zaque disse que entregou outro documento para mim, mas eu não o recebi” falou.
Ao encerrar o assunto, Taques disse confiar na inocência do secretário-chefe e o secretário-adjunto da Casa Militar, coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, respectivamente – ambos afastados dos cargos e presos em 23 de junho, por suposto envolvimento no esquema de grampos clandestinos.
“O nosso governo, o governo que eu represento 58% dos eleitores válidos que me elegeram, e represento o povo de Mato Grosso, quero dizer o seguinte, eu confio no secretário chefe da Casa Militar, que está preso, e no adjunto está preso. Confio nestes dois, nós sabemos que a prisão não significa nada, tendo em conta que a ampla defesa e o contraditório” disse ao completar: “o comandante da Polícia Militar do Estado na época, coronel Zaqueu, é um homem descente, a sociedade mato-grossense o conhece, tenho absoluto certeza que isso será esclarecido”.
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