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Política Terça-feira, 08 de Março de 2016, 09:40 - A | A

Terça-feira, 08 de Março de 2016, 09h:40 - A | A

Delação à Vista

Empresários da OAS e Odebrecht cogitam fazer delação premiada

Defesas negam ter conhecimento sobre o assunto

Notícias ao Minuto

Os empresários Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, que estavam à frente das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção na Petrobras, a Odebrecht e a OAS, estão negociando um acordo entre eles para, depois, começar a fechar o acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo com base em uma fonte ligada a um dos executivos.

Segundo a reportagem, Marcelo e Léo Pinheiro planejam delatar o que sabem sobre a corrupção na Petrobras e em outras áreas da administração pública. Em troca, os executivos pretendem receber os benefícios previstos em lei. A fonte informou ainda que o acordo não envolve combinação de versões entre os executivos. O plano é que os dois façam opções simultâneas por uma mesma tentativa de resolver o problema.

"O acordo de colaboração de um está casado com o do outro", disse uma pessoa que acompanha de perto as tratativas entre as partes.

De acordo com a publicação, a decisão dos donos da Odebrecht e da OAS tem como objetivo salvar as duas empresas de prejuízos irreversíveis ou até mesmo da bancarrota, caso as investigações da Lava-Jato se prolonguem por tempo indefinido.

A fonte revelou que a ação conjunta a favor de acordos de delação evitaria um futuro descompasso entre as duas gigantes da construção civil. Odebrecht e OAS acham que uma ação isolada de uma das empreiteiras poderia ser fatal para uma ou para ambas. Sendo assim, uma iniciativa simultânea reduziria riscos.

A Odebrecht e a OAS estão entre as maiores financiadoras de campanhas eleitorais no país. As empreiteiras também teriam papel fundamental no esclarecimento sobre as relações entre os dois grupos e o ex-presidente Lula. O Globo recorda que as empresas fizeram um consórcio informal para fazer obras no sítio de Atibaia (SP) usado por Lula. O imóvel está em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna. A Operação investiga se o sítio pertence ao ex-presidente.

Os investigadores também querem entender por que a OAS fez reforma num apartamento tríplex no Guarujá. O apartamento era destinado a Lula, mas ele anunciou o desinteresse em ficar com o imóvel depois que os gastos da OAS no empreendimento passaram a ser investigados.

A fonte contou ainda que representantes dos dois empresários participam da negociação, e os dois grupos têm pressa em chegar logo a um desfecho, por questões financeiras e penais. Pinheiro está em prisão domiciliar e já foi condenado a 16 anos de cadeia. Caso a condenação seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Pinheiro voltará imediatamente à prisão em regime fechado.

Já Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba desde 19 de junho do ano passado. Ele tem poucas chances de sair da prisão diante do volume de acusações que surgem sobre o envolvimento da empresa dele com a corrupção na Petrobras.

Respostas

Segundo a reportagem do O Globo, as defesas dos executivos se manifestaram sobre a possível existência de um acordo de delação premiada. Ambos negaram ter conhecimento sobre o assunto.

O advogado de Léo Pinheiro, Roberto Telhada disse: "Eu não acredito nisso. Essa conversa (de acordo simultâneo) só poderia ser travada por outras pessoas em nome deles. Alguém falar em nome deles é complicado".

O advogado Nabor Bulhões, responsável pela defesa de Marcelo Odebrecht, também negou tentativa de acordo entre os dois executivos. "Não ouvi isso do Marcelo Odebrecht. Estive com ele na última quinta-feira e o que eu ouvi foi para que eu continuasse na luta pela sua liberdade e pela sua inocência".

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