O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (União) concedeu pedido de vista, que adia a 2º votação do projeto que obriga a filmagem dos treinamentos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Judiciária Civil.
O pedido de vista foi solicitado pelo deputado Wilson Santos (PSD), autor do projeto, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (27.03). A iniciativa, já aprovada em 1º votação, recebeu parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
“Eu já vi muita coisa, nesta minha caminhada pelo Parlamento, pelo Executivo, mas isso aqui não tinha visto ainda. Aprovamos essa matéria por unanimidade na semana passada. É um projeto que determina a filmagem dos treinamentos das Polícias de Mato Grosso, porque nos últimos anos, vários jovens perderam a vida e voltaram num caixão. Lucas Veloso voltou em um caixão para ser enterrado em Goiás”, criticou o deputado.
Wilson chamou atenção dos integrantes da CCJR formada pelo deputado Dr. Eugênio (PSB), relator, Elizeu Nascimento (PL) e Thiago Silva (MDB), que votaram favorável na 1ª votação, no entanto, surpreenderam ao consideram a proposta inconstitucional emitindo um parecer contrário na 2º votação. Em seu apelo, Wilson Santos lembrou, que em 7 de agosto de 1980, quando aluno do Exército, passou por uma situação de imperícia, no campo do Coxipó do Ouro, onde uma granada explodiu, levando a morte de outro aluno.
“Eu vivenciei um drama como este, poderia ter sido eu a chegar em casa num caixão, por imperícia, por negligência dos oficiais e praças daquele evento. Jogou um grupo de 40 jovens de 18 a 20 anos num campo minado. O que daria aquilo? Iria dar no que deu, em um acidente que tirou a vida de um e machucou gravemente dois. Amanhã pode ser um filho nosso, um sobrinho, um neto. Se pudermos evitar”, manifestou Wilson.
Após o apelo do deputado Wilson Santos, o presidente da Casa, Eduardo Botelho, afirmou que vai trabalhar para reverter o parecer. Ele questionou os colegas ao comentar: “O governador já fez decreto, porque não transformar em lei. Porque o Parlamento não ser protagonista nestas ações”, declarou Botelho, concluindo que o parecer é um trabalho contra o Parlamento.
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