Os deputados Lúdio Cabral (PT) e Thiago Silva (MDB) sugeriram ao governador Mauro Mendes (União) que envie à Assembleia Legislativa (AL/MT) um Projeto de Lei propondo restrição e até o fim da atividade de mineração em Mato Grosso, assim como fez com a atividade de pesca profissional ao “extinguir” a comercialização e o transporte de pescado nos rios de Mato Grosso por cinco anos, medida válida a partir de 1º de janeiro de 2024.
Lúdio questionou os colegas se teria coragem de se posicionar como fez com os pecadores, que dependem da atividade para sobreviver. Isso ocorre porque, o filho do governador, Luiz Antonio Taveira Mendes, de 24 anos, é sócio em diversas empresas de mineração nos municípios, de Nossa Senhora do Livramento e Chapada dos Guimarães, a exemplo, a Mineração Casa de Pedra, localizada na estrada velha da Chapada, em uma Área de Proteção Ambiental nas margens do Parque Nacional.
“Qual seria o posicionamento da Assembleia legislativa? Ou alguém aqui não compreende que o garimpo lá em Livramento, em Poconé, está acabando com os rios, com a água, com os peixes e com o Pantanal, mas projeto para proibir garimpo ninguém encaminha para a Assembleia Legislativa”, declarou Lúdio.
Já o deputado Thiago Silva defendeu a diminuição dos projetos de mineração e também das barragens hidrelétricas. Thiago Silva argumenta que outras ações são responsáveis pela diminuição dos peixes no rio.
“Não é o pescador ou índios que estão acabando com os peixes dos rios, precisamos reduzir o desmatamento nas cabeceiras dos rios, o lançamento de poluentes, esgoto em nossos rios, a diminuição dos projetos de mineração e também as barragens hidrelétricas. É isso, sim, que está acabando com os rios no Estado de Mato Grosso”, declarou o deputado.
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Ainda segundo, o deputado emedebista fere a liberdade econômica por violar diretamente a livre iniciativa. “Impede a categoria de exercer o seu trabalho histórico, que é bíblico o trabalho assim como foram os apóstolos, que quando esteve aqui na terra juntamente com Jesus sempre defendeu os mais humildes.”
Contudo, apesar dos argumentos e críticas, a base do governista na Assembleia Legislativa venceu conquistando 15 votos favoráveis. O Projeto aguarda sanção governamental.
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