"Jacarés e capivaras disputando uma pequena poça de lama. Vários jacarés mortos em volta e dentro da lagoa, uma fedentina, uma carniça", assim classificou o deputado Eduardo Botelho (DEM), em relação à situação do Pantanal mato-grossense.
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa (AL/MT), em visita ao município de Poconé (a 104 km de Cuiabá), nesta semana, durante o almoço na cidade, foi convidado por dois pecuaristas da região para visitar o Pantanal e ver a realidade que todos estão enfrentando neste momento de seca no Estado.
O deputado disse que as cenas são impressionantes, que chegam a ser catastróficas. Segundo ele, providências devem ser tomadas imediatamente, pois se não as próximas gerações vão ver o fim do Pantanal. “Precisamos preservar essa fauna e flora que formam o bioma que é patrimônio mundial que está aqui em Mato Grosso”.
Questionado quais seriam essas providências, Botelho disse que precisa ser feito um estudo, e ele ainda completou que os pecuaristas da região deram a sugestão de poços artesianos tocados com energia solar, para poder ter água no local nessa época do ano, “ou para pelo menos preservar a vida, seria um caminho”.
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O parlamentar ressaltou que o Pantanal precisa ser exclusivamente para pecuária, pois a pecuária não destrói. Ainda segundo ele, a agricultura precisa ficar de fora, ficar distante da região do Pantanal. Precisamos preservar as cabeceiras, os rios que abastecem o Pantanal. Então são todas essas ações que temos que fazer agora ou nós vamos ver o fim do Pantanal”.
O democrata então concluiu que isso tem que ser resolvido logo. “Em que época ouvimos falar que as baías estavam secas? Agora, pode andar no meio das Baías de Chacororé e Siá-Mariana”.
Botelho finalizou enfatizando que a construção de usinas nesses rios que abastecem o Pantanal tem que ser proibida. “Tem que ser feito um trabalho de desobstrução dos canais. E tem que ser agora”, finalizou o deputado em entrevista coletiva na tarde de ontem (15.09).
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