O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu habeas corpus ao ex-secretário de Fazenda Éder Moraes (PMDB), nesta sexta-feira (08.08). Éder estava preso desde o dia 20 de maio, quando a Polícia Federal desencadeou a 5ª operação Ararath, em Mato Grosso. O ex-secretário ficou preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para não interferir nas investigações, já que era considerado um político influente no Estado. Em 23 de julho, Moraes foi trazido à Cuiabá para acompanhar as audiências de instrução do processo com as testemunhas arroladas pela defesa.
Eder Moraes chegou a ficar em liberdade no dia 31 de maio, mas no dia 2 de junho foi preso novamente em função de um 2º mandado de prisão decretado pelo juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá.
Em liberdade, Éder será ouvido na próxima quinta-feira (14.08). Nas três últimas audiências, o ex-secretário chegou ao prédio da Justiça Federal em uma viatura da Polícia Federal, sob escolta de agentes, para participar das oitivas no processo da operação Ararath, no qual é réu por crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens juntamente com sua esposa e outras três pessoas.
O advogado Paulo Lessa confirmou por volta das 21h30min, que o habeas corpus foi concedido por Dias Toffoli. A defesa do ex-secretário de Estado já havia ingressado com outros pedidos de habeas corpus sem êxito – mas este último foi eferido no início desta noite.
Éder deixa a Polinter ainda nesta noite, no entanto, seus advogados não sabem informar ainda o local para onde ele deve seguir, pois havia uma restrição para que ele não se aproximasse de sua esposa Laura Tereza da Costa Silva, também ré no mesmo processo.
Paulo Lessa disse que ainda não teve acesso à decisão, e que foi informado sobre a liberdade do ex-secretário por Fábio Lessa, seu filho, que também atua na defesa de Éder, por isso ele (Paulo) não tem como afirmar, se o ministro retirou a restrição para que Moraes possa se aproximar de sua esposa, mas acredita que a restrição foi retirada.
Entenda o caso - Eder Moraes está preso desde o dia 20 de maio quando foi alvo de um mandado de prisão cumprido pela Polícia Federal na 5ª etapa da Operação Ararath que é conduzida pela PF juntamente com o Ministério Público Federal e investiga supostos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro atribuídos a políticos empresários e integrantes do Judiciário, do Ministério Público Estadual, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Executivo Estadual, leia-se governador Silval Barbosa (PMDB).
Moraes é apontado como principal operador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro investigado na Operação Ararath que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Ele intermediava empréstimos junto às empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, para políticos e empresários. O problema é que as empresas não tinham autorização do Banco Central para operar como instituições financeiras. Mendonça está na condição de colaborador, pois aceitou a proposta de delação premiada e citou nomes dos envolvidos e detalhes de como funcionavam os empréstimos bem como o destino do dinheiro sendo que parte dele era usada para financiar campanhas políticas. (Com informações Gazeta Digital).
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