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Em uma das citações, Silval revelou que em negociação com Nininho, teria recebido R$ 7 milhões em propina para assinar a concessão da MT-130
Com o nome citado, pelo menos por 12 vezes, na delação “monstruosa” do ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), o deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD) – popular Nininho, prestou informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), referente a sua possível participação nos crimes narrados pelo ex-gestor. A delação de Silval foi homologada pelo STF.
Em uma das citações, Silval revelou que em negociação com Nininho, e um representante da Concessionária Morro da Mesa, ele teria recebido R$ 7 milhões em propina para assinar a concessão da MT-130, entre Rondonópolis (à 218 km de Cuiabá) e Primavera do Leste (à 239 km de Cuiabá”.
Segundo contou Silval, ele foi procurado pelo deputado estadual Nininho, que estava acompanhado de Elói Bruneta (ex-diretor da concessionária), e propôs aumentar a tarifa do pedágio, pedindo para o governo autorizar o aumento, através da SINFRA ou AGER. Nessa reunião, Nininho e Elói Bruneta prometeram ao Silval em torno de R$ 7 milhões de reais no caso de o governo conseguir o aumento da tarifa.
O peemedebista disse na delação que tem conhecimento que após o aumento da tarifa, o deputado Nininho repassou para ele 22 ou 23 cheques mensais no valor aproximado de R$ 300 mil cada, se recordando que eram cheques de urna empresa que pertencia a Nininho. Os cheques, segundo Silval foram usados para pagamento das dívidas.
Um dos cheques repassados por Nininho, segundo o filho de Silval, que também fez delação premiada, Rodrigo Barbosa, voltaram sem fundos.
Nininho também teve o nome citado por Silval, referente à propina paga ao senador Wellington Fagundes. Segundo Silval, ele autorizou o ex-secretário da Sinfra, Cinésio Nunes de Oliveira repassar para Wellington Fagundes um percentual dos valores repassados pelo Estado para as seguintes construtoras, quais sejam: Construtora Sanches Tripoloni, Construtora Equipave, Construtora Tripoli - pertencente ao deputado estadual Nininho e mais uma construtora que Silval não se recordou. Todas essas construtoras, conforme Silval, repassavam propina destinadas a Wellington Fagundes. “A pessoa responsável em acertar as propinas da Construtora Tripoli com Welington Fagundes era o deputado estadual Nininho, pois a construtora é de sua propriedade” enfatizou o ex-gestor.
Outro caso em que Nininho teve o nome citado, foi quanto a um acordo firmado entre Silval e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB). Silval relatou que combinou com Bezerra que iria quitar um empréstimo contraído pelo deputado federal, na ordem de R$ 4 milhões, através de retornos em algumas obras realizadas no Estado de Mato Grosso, uma delas a construção da Estrada de Nobres ao Distrito de Bom Jardim efetuado pela Construtora Tripoli, pertencente ao deputado estadual Nininho. Neste caso, mesmo Nininho tendo feito o pagamento da propina, Bezerra não quitou a dívida do empréstimo.
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