Walter Delgatti Neto, um dos alvos da operação, confirmou ontem (24.07) em depoimento à Polícia Federal ter atuado na invasão do celular do ministro Sergio Moro, de procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato, como Deltan Dallagnol, e de outras autoridades atacadas.
Ele foi primeiro dos quatro presos a depor. Delgatti falou à PF na noite de anteontem, quando a operação foi deflagrada. Depois foi a vez do casal Gustavo Santos e Suellen Priscila de Oliveira.
Em junho O GLOBO mostrou que o vazamento de diálogos entre o então juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça, e o procurador Deltan Dallagnol provocou uma mudança de hábito no alto escalão do governo Jair Bolsonaro.
De acordo com um auxiliar do Planalto, o caso envolvendo o ministro Moro acendeu o alerta de como o governo e seus integrantes estão expostos e, portanto, a orientação era redobrar as medidas de segurança. Segundo a mesma fonte, a tendência é que, finalmente, assuntos sigilosos sejam tratados apenas por telefones criptografados, ou seja com tecnologia que protege os dados dos aparelhos.
O presidente e outros integrantes do Executivo sempre preferiram o aplicativo de mensagens, como WhatsApp e o Telegram, para se comunicar e tratar inclusive de temas considerados confidenciais, mas foram orientados a migrar as conversas para telefones criptografados fornecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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