Na primeira sessão de 2014, um dos primeiros atos polêmicos na Câmara de Vereadores de Várzea Grande é um pedido de encaminhamento para a Comissão de Ética da Câmara por falta de decoro parlamentar contra o vereador Pery Taborelli (PV), feito pelo parlamentar Pedro Paulo Tolares (Solidariedade).
Pedrinho argumentou que se sentiu ofendido pelo vereador Taborelli que usou a tribuna e disse “o senhor (Pedrinho) está emprenhado pelos ouvidos”, e declarou ainda: “que em Várzea Grande está cheio de políticos ladrões”.
Por conta disso, Tolares requereu junto à Mesa Diretora que fosse colocado em votação o pedido de investigação por quebra de decoro parlamentar contra o pevista. O presidente da Câmara, Waldir Bento colocou em votação o pedido de falta de decoro que foi aprovado por 12 votos, sendo dois contrários e sete abstenções. O pedido será encaminhado à Comissão de Ética da Casa de Leis.
O vereador do PSD, Maninho de Barros foi um dos articuladores para que o requerimento fosse aprovado. Pery Taborelli é um dos únicos parlamentares de oposição ao prefeito Walace Guimarães (PMDB), na Câmara.
Entenda o caso – Houve vício na condução da votação do requerimento de quebra de decoro parlamentar contra o vereador Pery Taborelli (PV). Num primeiro momento, o presidente da Câmara, Waldir Bento, após o pedido do vereador Pedrinho, colocou em votação o requerimento e no painel eletrônico foi rejeitado, sendo que apenas quatro parlamentares votaram a favor (Kalil Baracat (PMDB), Pedro Paulo Tolares (Solidariedade), Jânio Calistro (PMDB) e Gordo Goiano (PTB)) os demais vereadores se abstiveram. Ao constatar que não havia sido aprovado – o presidente da Câmara apagou o painel e solicitou a todos os parlamentares que se dirigissem à mesa onde conversou por aproximadamente cinco minutos.
Ao retornar os trabalhos, Pedrinho se dirigiu a tribuna e apresentou novamente o requerimento que foi colocado em votação e aprovado desta vez pelo placar acima citado.
Presidente da Câmara – Questionado o motivo de ter apagado o painel eletrônico, Waldir Bento justificou a reportagem do VG Notícias, que interrompeu a sessão e apagou o painel eletrônico – porque Taborelli estava na porta do Plenário dando entrevista ao um veículo de Comunicação. Ao perceber a interrupção da sessão, o pevista encerrou a entrevista e retornou ao Plenário para reunião “relâmpago” solicitado pelo presidente da Casa.
Desta vez, sob a manipulação do vereador Maninho de Barros, a base aliada do prefeito Walace Guimarães votou favorável ao requerimento.
A confusão começou entre os parlamentares quando o vereador Chico Curvo do PSD usou a tribuna para denunciar que a polícia ambiental estava autuando os proprietários de lava-jato no município.
Reação - O vereador Pery Taborelli pediu ao presidente da Câmara que coloque em votação pedido de quebra de decoro parlamentar contra Pedro Paulo Tolares por ter sentido agredido com as declarações dele. Segundo ele, Tolares o acusou de estar usando a polícia ambiental em seu favor.
Waldir Bento suspendeu a sessão por cinco minutos para conversar com os parlamentares e ver se põe em votação o pedido de Taborelli.
No entanto, mais uma vez o presidente da Câmara demonstra total despreparo para conduzir a sessão. Bento deveria, conforme Regimento Interno da Casa, a partir do momento que foi aprovado o pedido de Tolares - formar uma Comissão Processante (CP) para apurar a conduta do vereador Taborelli. Contudo não fez - viciando mais uma vez o procedimento.
Um peso e duas medidas - O requerimento de Taborelli não foi aprovado. Ele teve apenas três votos favoráveis. Mais uma vez a base aliada de Walace Guimarães votou contra o pevista - como era esperado.
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