O ano de 2018 ficará marcado no cenário político por dois momentos históricos: o atentado ao presidente, Jair Bolsonaro (PSL) em plena campanha eleitoral e a prisão do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado por crime de corrupção e lavagem de dinheiro.
Jair Bolsonaro lançou sua campanha presidencial nas eleições de 2018 em agosto, com o general reformado Hamilton Mourão (PRTB) como seu vice na chapa. Ele se apresenta como defensor dos valores familiares, apresentando propostas contra o aborto, liberação de armas para população (mais com treinamento qualificado), leis mais regidas no combate a corrupção e para o cumprimento de pena para condenados, entre outros.
Em 06 de setembro, durante ato de campanha em Juiz Fora, Minas Gerais, ele recebeu um golpe de faca no abdômen. O atentado contra o então candidato teve como autor Adélio Bispo de Oliveira. Adélio foi identificado e preso no mesmo dia – ele segue detido no presídio federal de Campo Grande podendo ser condenado a 20 anos de prisão.
No dia 07 de setembro, um dia após a facada e depois de passar por cirurgia em Juiz de Fora, Bolsonaro foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ficando na unidade por 23 dias. No processo de recuperação ele precisou passar por duas cirurgias, chegando inclusive a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e receber nutrientes por meio de uma sonda, recebendo alta no dia 29 de setembro.
Em 7 de outubro, 8 dias após deixar o hospital, Bolsonaro que passou quase todo o 1º turno das eleições em tratamento médico, ficou em primeiro lugar naquele turno após obter 46,23% dos votos. O candidato do PT, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ficou com 28,99% e passou para o 2º turno juntamente com Jair.
No segundo o turno, em 28 de outubro, Bolsonaro foi eleito Presidente da República com 55,13% dos votos válidos, que representou 57.797.847 milhões de votos. Haddad obteve 44,87 %, um total de 47.040.906 milhões de votos.
Lula – Condenado em julho de 2017, pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula começou 2008 com esperança de que conseguiria reverter a decisão judicial junto a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e assim poder pensar em sua candidatura, desejo alimentado também por lideranças petistas, à Presidência da República nas eleições de outubro.
Porém, em 24 de janeiro os desembargadores do TRF4, por unanimidade, negaram o recurso do ex-presidente e aumentaram a pena dele para 12 anos e 1 mês de reclusão, mais 280 dias multa.
Mesmo com a confirmação em segunda instância da sentença, Lula tentou vários recursos em instâncias superiores para não ser preso, inclusive com habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), mas todos sem êxito.
Em 05 de abril, juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão do ex-presidente concedendo até as 17 horas do dia 06 de abril para ele se apresentasse voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba.
Após decretação da prisão, Lula ficou dois dias no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campos, se entregando na noite do dia 07 de abril. Ele está detido desde então na sede da Polícia Federal em Curitiba.
O petista, mesmo preso, ainda tentou concorrer às eleições para o cargo de Presidência da República protocolando o registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que foi publicado em 17 de agosto. A chapa dele tinha naquele momento Fernando Haddad como seu vice e sendo a pessoa responsável por fazer campanha na ausência de Lula (devido a sua prisão).
Em 01 de setembro, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por 6 votos a 1, pela rejeição do registro de candidatura do ex-presidente. O PT decidiu então lançar Fernando Haddad como candidato a Presidência tendo como principal bandeira: “Ele é o candidato do Lula”. O final desta história já retratada acima – derrota de Haddad para Bolsonaro.
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