A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Ministério Público do Estado prorrogou o prazo para mais 60 dias para entregar relatório final dos trabalhos. A CPI foi criada para investigar a conduta de membros do Ministério Público Estadual, relacionada a supostas irregularidades na negociação de cartas de créditos, ocorridas na área sujeita ao controle e fiscalização do Poder Legislativo Estadual. A publicação do ato nº 020/17, de prorrogação foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa da última terça-feira (13.06).
A CPI do MP deveria ter sido encerrada em novembro do ano passado. Ela já que havia sido prorrogada por 180 dias. O relator da CPI, deputado Leonardo Albuquerque (PSD), explicou que o atraso na conclusão do relatório final envolveu diversos fatores. Segundo ele, com as saídas dos deputados Max Russi (PSB) e Wilson Santos (PMDB) - ambos para o governo, e de José Carlos do Pátio (SD), que assumiu a Prefeitura de Rondonópolis, e as implicações e denúncias dos poderes no decorrer deste ano dificultaram o andamento do processo.
“Com as mudanças do presidente da comissão tivemos essa pausa na conclusão do relatório. Num primeiro momento foi decidido trinta dias pra concluir, mas com todos esses acontecimentos políticos, denuncia de supostas escutas, a questão do Fethab, a crise na saúde no estado, não tivemos como dedicar e terminar o relatório. Nós solicitamos 60 dias para debruçar sobre o parecer final. Mas a intenção é entregar tudo, bem antes do final desse prazo”, destacou o relator.
O deputado disse que uma reunião, na última terça-feira (13), com membros da Comissão e o presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), Roberto Aparecido Turin, determinou o seguimento dos trabalhos conclusivos da CPI.
“Ele (Turin) se colocou a inteira disposição se por acaso faltou algum documento, alguma dúvida ou ainda se houver a intenção de ouvir mais alguém. Nos reunimos com os técnicos nessa quarta (14) para um levantamento de todo o material produzido e vamos entregar um bom relatório”, prometeu.
A CPI do MP tem como presidente o deputado Oscar Bezerra (PSB), Dr. Leonardo, como relator, e Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD) e Dilmar Dal Bosco(DEM), como membros. Os suplentes são os deputados Guilherme Maluf (PSDB), Wagner Ramos (PSD), Wancley Carvalho (PV), Sebastião Rezende (PSC) e Baiano Filho (PSDB).
CPI do MP - A CPI do MPE foi criada pelo Ato 057/2015 para investigar as suspeitas sobre as irregularidades na negociação das cartas de crédito que vieram à tona durante a 5ª etapa da Operação Ararath, deflagrada em maio de 2014. À ocasião, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, onde foram encontrados documentos e planilhas detalhando pagamento de precatórios a promotores e procuradores de Justiça. Segundo informações contidas nos documentos, 45 promotores teriam sido beneficiados com um valor total superior a R$ 10,3 milhões. (Com assessoria AL/MT).
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