O sequestro de um montante de mais de R$ 7 milhões em bens móveis e imóveis foi representado pela Polícia Judiciária Civil, nas investigações da operação Confidere, deflagrada nesta sexta-feira (31.03), para cumprimento de 5 mandados de prisão preventiva e 9 buscas e apreensões, nos municípios de Sorriso, Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra e Rondonópolis.
A Polícia Civil representou pela apreensão de casas, automóveis e motocicletas de luxo, terrenos e uma fazenda, nas investigações presididas pela Delegacia de Sorriso (420 km ao Norte), que resultou na prisão de 14 pessoas envolvidas em um esquema de fraudes fiscais envolvendo o desvio milionário de mercadorias de uma empresa do ramo de fabricação e exportação de aço e metal.
Durante a operação, na cidade de Sinop, a Polícia Civil apreendeu, por garantia, 2 motocicletas BMW, 1 moto Kavasaki 2 automóveis BMW, sendo um avaliado em R$ 200 mil; 1 Hilux Zero KM no valor de R$ 190 mil; 1 Saveiro Cross; 1 Pálio Atractive e 1 caminhonete S-10.
A maioria dos bens estava em nome do gerente de vendas, Fernando Rodrigues da Silva, apontado como o líder da quadrilha, que também têm casas e outros imóveis na região, como fazenda e terrenos.
O esquema de desvio de mercadorias da empresa também contava com a participação de Marcos Silva (gerente); Ricardo Alves de Oliveira Ferreira (gerente de expedição), Fábio dos Santos Alexandre (representante comercial da empresa, em Tangará da Serra) e Márcio Boria (gerente de expedição em Rondonópolis).
O delegado de Sinop, Ugo Ângelo Rech de Mendonça, disse que o padrão de vida dos funcionários era muito acima do que ganhavam nos cargos de gerentes. “Todos com mais de 10 anos de empresa, com cargos de altíssima confiança, que desviavam entre R$ 100 a 300 mil, por mês”, disse.
Nas buscas também foram apreendidos folhas de cheques que somadas chegam ao volume de R$ 200 mil, além relógios de marcas, computadores, celulares, materiais desviados como tubos, bobinas, estruturas de aço e outros.
O delegado de Sorriso, Bruno Sérgio Magalhães Abreu, informou que outros bens estão sendo levantados, por supostamente, terem sido ocultados pela organização criminosa, como um veículo comprado em nome da sogra e transferência de valores para terceiros.
Os cinco funcionários responderão por crimes de organização criminosa, mediante a distribuição de tarefas, furto mediante fraude, abuso de confiança e concurso de pessoas. "Estamos também investigando alguns crimes de lavagem de dinheiro praticados por um deles, tendo em vista que estão tentando ocultar bens em nome de terceiros”, disse o delegado Bruno Sergio Abreu.
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