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Polícia Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 10:03 - A | A

Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 10h:03 - A | A

PERSEGUIÇÃO

Servidora que desconfiava de corrupção no DAE foi intimidada e teve os pneus do carro furados

Ouvidoria do DAE era usada para negociações de débitos em dinheiro vivo

Lázaro Thor/VGN

A investigação da Operação Gota D'Água, conduzida pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, trouxe à tona um episódio de intimidação e perseguição contra a servidora P.R.O.G., funcionária do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande.

O incidente ocorreu em maio de 2023, quando a vítima se recusou a cumprir uma ordem suspeita emitida por um dos supostos envolvidos nos esquemas da autarquia, com possível conivência do então ouvidor do DAE. 

Segundo o depoimento da vítima, no dia 9 de maio de 2023, após uma discussão com um dos suspeitos, ela encontrou dois pneus de seu carro cortados. A servidora havia recusado realizar uma renegociação de dívida com um consumidor, tarefa que não fazia parte de suas atribuições na época. Algumas negociações no DAE eram realizadas na sala da ouvidoria, sem visão do público, e o consumidor era levado a formalizar negociações pagando em dinheiro vivo. 

Após o ocorrido, um fiscal do DAE alertou-a sobre os pneus furados, e o borracheiro que atendeu o veículo confirmou que os danos foram causados por cortes de faca.

Imagens de câmeras de segurança e depoimentos corroboram as suspeitas de que o suspeito teria deixado o prédio do DAE e se aproximado do veículo da vítima no momento em que os pneus foram danificados. Testemunhas afirmaram ainda que não havia necessidade de o acusado estar próximo ao carro da servidora, o que reforçou as evidências de retaliação.

Servidora se recusava a participar

Além do dano material, a servidora já vinha sendo perseguida por colegas da Diretoria Comercial por se recusar a participar de ações suspeitas e relatar irregularidades. A investigação revelou que o ouvidor do DAE na época, além de supostamente estar envolvido no caso dos pneus, estaria associado a outros esquemas de corrupção no departamento. Ele foi exonerado do cargo de Ouvidor, mas, por ser servidor efetivo, foi apenas transferido para outra função. 

Segundo o presidente do DAE, Carlos Alberto Simões de Arruda, a troca de ouvidores foi marcada por falta de opções confiáveis, com a nomeação de Aguinaldo Lourenço da Costa Silva, considerado a "menos pior" escolha. Segundo a polícia, a dificuldade de encontrar alguém para o cargo destaca o "enraizamento" da corrupção no órgão.

Leia mais: Moradora de VG acumulou dívidas de 155 imóveis em sua matrícula por conta de esquema no DAE

 
 

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