O advogado de Várzea Grande, Pauly Ramiro Ferrari Dorado, foi preso nesta quinta-feira (16.04) suspeito de integrar uma facção criminosa com atuação dentro e fora dos presídios de Mato Grosso. Ele é apontado como peça-chave da organização, atuando além da assessoria jurídica tradicional e se envolvendo diretamente em atividades ilegais.
De acordo com as investigações, o advogado usava a profissão para beneficiar os criminosos. Ele teria participado da venda de armas de fogo, realizado consultas sobre antecedentes de possíveis rivais da facção e ajudado a resgatar drogas escondidas antes de operações policiais. Também era responsável por intermediar ordens entre detentos e membros da facção em liberdade.
Além disso, há indícios de que o advogado recebia dinheiro de vítimas para "intermediar" a devolução de veículos roubados pela própria organização criminosa. A prisão preventiva foi decretada junto a mandados contra outros quatro detentos — dois homens e duas mulheres — que já cumprem pena em unidades prisionais do Estado.
Histórico de criminalidade
Essa não foi a primeira vez que o advogado se envolveu em escândalos. Em fevereiro deste ano, foi preso ao tentar entrar na Penitenciária Central do Estado com 1,2 quilos de cigarros escondidos no forro do paletó.
No ano passado, chegou a ser conduzido à delegacia após ameaçar um promotor de justiça durante uma sessão do Tribunal do Júri. Em outro episódio investigado, ele teria articulado a gravidez de uma detenta com o objetivo de obter prisão domiciliar para ela — o pedido foi negado pela Justiça e a interna deu à luz na penitenciária. (Com PJCMT).
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