O servidor público da Prefeitura de Cuiabá, Jeferson da Silva Sancoviche, 30 anos, alvo da operação “Apito Final”, teve o mandado de prisão cumprido na manhã desta terça-feira (14.05), pela Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Jeferson foi detido nas dependências da Secretaria de Obras da capital.
A operação é um desdobramento que apurou a participação de novos envolvidos no esquema de lavagem de capitais do tráfico de drogas liderado por Paulo Witer Faria Paelo, membro do facção criminosa Comando Vermelho. Leia matéria relacionada - Líder de facção criou times de futebol em Cuiabá para "lavar" dinheiro; jogador é preso por envolvimento
Conforme a Polícia Civil, a GCCO apurou que Jeferson da Silva Sancoviche e uma mulher constavam como proprietários de um apartamento em um edifício de alto padrão na capital, contudo, quem passou a residir no imóvel foi Witer, logo após sair da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Durante as investigações, foi apurado que o servidor público não teria condições financeiras de adquirir um imóvel como o que constava em seu nome, visto que ele é contratado pela Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (LIMPURB), com salário mensal de R$ 3.643,12.
De acordo com o delegado, Rafael Scatolon, todas as informações levantadas reforçam mais uma manobra do principal alvo [Paulo Witer] da operação Apito Final em ocultar seu patrimônio criminoso.
A Polícia Civil apurou que Jeferson esteve no apartamento de Paulo Witer dias antes da deflagração da Operação Apito Final. Na ocasião, o servidor deixou o imóvel levando alguns objetos que pudessem comprometer Witer.
Paulo foi preso pela Polícia Civil no dia 29 de março, em Maceió (AL). Na mesma data, horas após a prisão, Jeferson foi ao apartamento e saiu carregando uma sacola com vários objetos, entre eles a tornozeleira, desativada de Witer.
Ainda durante o cumprimento dos mandados, outro comparsa, identificado como "testa de ferro" também foi preso. Em sua residência os policiais apreenderam um veículo Toyota Corolla que teve mandado de sequestro determinado na primeira fase da operação Apito Final.
Outro lado - A Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (LIMPURB), por meio de nota, informou que o após o mandado de prisão emitido pela Polícia Civil contra o servidor público, esclarece que procederá com a exoneração imediata do colaborador em questão. O servidor foi aprovado em um processo seletivo e tomou posse do cargo há quatro anos.
"Durante o processo de contratação, apresentou toda a documentação e certidões que comprovaram a ausência de registros criminais. Além disso, ao longo do período em que exerceu suas funções no cargo público, nunca apresentou condutas consideradas criminosas. O funcionário estava atualmente cedido para a Secretaria Municipal de Obras", diz trecho da nota.
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