Polícia Civil
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Justiça mandou bloquear casa de "meio milhão" em Cuiabá supostamente adquirida com os golpes
A Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã desta quinta-feira (07.10), a Operação Resarcire para prender membros de uma organização criminosa especializada na prática de crimes de estelionato. A operação também é deflagrada nos Estados de São Paulo e Santa Catarina.
De acordo com a Polícia, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisões preventivas, oito de prisões temporárias, 15 mandados de buscas e apreensões e ainda o sequestro de bens móveis e bloqueio de contas.
A Justiça decretou ainda a indisponibilidade de bens imóveis dos investigados, sendo um deles uma casa em um condomínio de luxo em Cuiabá avaliada em R$ 500 mil.
Investigação
Segundo a Polícia Civil, investigações do GCCO identificaram a organização criminosa que se especializou em golpes de estelionato utilizando um site de compra e venda e também por meio da clonagem de anúncios. O GCCO aponta que em três meses a quadrilha lucrou R$ 400 mil em golpes aplicados em vítimas de seis Estados: Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
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A Polícia Civil de Mato Grosso apura os crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Além de cessar a atividade do grupo criminoso e impedi-los de fazer novas vítimas, o objetivo da operação é também apreender a maior quantidade de bens e valores em posse dos investigados, para o ressarcimento do prejuízo causado.
O delegado titular da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, disse por meio da assessoria de imprensa, que os líderes da organização criminosa são de Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. O trabalho investigativo apurou que esse grupo, composto por cinco pessoas, aplicava os golpes, criava os anúncios falsos e cooptava novos integrantes-correntistas.
Além disso, os líderes da quadrilha praticavam a lavagem de dinheiro aplicando os recursos financeiros obtidos com as fraudes no mercado imobiliário e também acompanhavam os correntistas aos bancos para fiscalizar o saque dos valores recebidos.
Já os integrantes da organização que agiam como correntistas recebiam em suas contas bancárias os valores dos golpes aplicados, que eram transferidos pelas vítimas. Em contrapartida ficavam com 5% do valor sacado.
“Esses investigados eram a base da estrutura da pirâmide da organização criminosa, dando sustentação para a Orcrim e exercendo papel fundamental e indispensável para o sucesso nas empreitadas criminosas, sem as quais as aplicações dos golpes não se concretizariam”, explicou o delegado Vitor Hugo.
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