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Polícia Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2021, 08:08 - A | A

Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2021, 08h:08 - A | A

tráfico de drogas

Polícia deflagra operação “Parasita” em MT e bloqueia R$ 12 milhões dos investigados

Gislaine Morais/VG Notícias

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (05.02), a operação “Parasita”, que investiga uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, liderada por um conhecido presidiário da Penitenciária Central do Estado (PCE).

De acordo com a PJC, estão sendo cumpridas 21 ordens judiciais de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em 04 Estados, incluindo Mato Grosso. No Estado, os municípios alvos são Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum.

Segundo as investigações, nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Além destas medidas, a justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 12 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de diversos imóveis, valores em espécie e veículos pertencentes aos criminosos.

O grupo era responsável pela carga de cerca de 500 kg de maconha, apreendida no dia 26 de julho de 2019, em Rondonópolis. Na oportunidade, somente duas adolescentes foram apreendidas, acusadas de manter a droga em depósito a mando dos líderes da organização investigada.

Ainda conforme a PJC, as investigações apontaram que a organização criminosa funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora de Mato Grosso. O grupo organizava a logística de fornecimento de entorpecentes a integrantes de outras organizações atuantes na região nordeste do Brasil.

Os integrantes pagavam taxas mensais e eram obrigados a repassar boa parte dos lucros das atividades aos líderes. A organização criminosa investigada possuía setores operacional, contábil e financeiro. Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.

Por meio de autorização judicial, foram constatadas volumosas movimentações em dinheiro em nome de vários investigados. O somatório dos valores que circularam nas contas no período de 2018 a 2020 superou R$18 milhões. Nenhum dos investigados possui rendimentos lícitos conhecidos que possam justificar os altos valores movimentados, sendo que alguns deles, inclusive, recebiam benefício assistencial do Governo Federal.

A operação foi batizada de “Parasita” em razão das características da organização criminosa e seu principal líder, que, claramente, se utilizava dos demais integrantes e até mesmo da estrutura de outra organização criminosa local, em suas empreitadas criminosas, sempre visando aferir lucros, isoladamente.

 

 
 

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