A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso está investigando um grupo criminoso que opera no aplicativo Telegram, oferecendo a venda de cartões de crédito clonados. A denúncia foi formalizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, que, em abril de 2024, instaurou uma Notícia de Fato para apurar as atividades da organização. O grupo oferece cartões com garantia de limite, facilitando a compra de produtos pela internet de forma fraudulenta.
A investigação foi requisitada pela 10ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, sob a liderança do promotor Arnaldo Justino da Silva. O caso configura os crimes de associação criminosa, previsto no artigo 288 do Código Penal, e invasão de dispositivo informático, conforme o artigo 154-A. Segundo o relato, os membros do grupo invadem dispositivos eletrônicos para obter dados de cartões de crédito, que são posteriormente vendidos a terceiros.
Apesar das evidências, as autoridades enfrentam dificuldades para avançar na investigação devido à natureza das operações no Telegram, uma plataforma que dificulta a identificação dos administradores dos grupos. Em julho de 2024, durante uma reunião virtual entre a Promotoria e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), foi discutida a complexidade de coletar provas e identificar os responsáveis. A DRCI informou que havia uma investigação em andamento sobre outro grupo similar, o que poderia ajudar a compreender melhor a estrutura criminosa.
Diante das dificuldades, a delegada Juliana Chiquito Palhares decidiu não instaurar um procedimento investigatório específico, alegando a "ineficácia de qualquer medida" sem informações adicionais sobre os terminais utilizados pelos criminosos. No entanto, o Ministério Público deixou claro que o caso poderá ser reaberto se novas provas surgirem.
O comércio ilegal de cartões clonados continua sendo um desafio para as autoridades, principalmente em plataformas como o Telegram, que oferecem um ambiente mais seguro para os criminosos agirem. A investigação do grupo segue em acompanhamento, na expectativa de que o avanço em outras apurações similares leve à responsabilização dos envolvidos.
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