Dois homens, não identificados, funcionários de uma empresa de hortifrúti, foram resgatados por policiais militares, no momento em que iam ser executados, por pelo menos oito membros de uma facção criminosa, no início da noite da última quinta-feira (27.04), no município de Dom Aquino (a 189 km de Cuiabá).
Conforme ocorrência, os policiais foram acionados pelo dono da empresa, que relatou que seus funcionários teriam ido para Dom Aquino vender abacaxi, em um fiat Strada Fire, e por volta das 18h15 teria perdido o contato com eles. O empresário chegou a ligar para esposa de um dos trabalhadores, que conseguiu rastrear o aparelho celular do marido.
Com a localização, os policiais encontraram o veículo parado em uma rua do bairro Vila Esportiva, próximo ao seringal, entre outros dois veículos, sendo um Fiat Uno e VW Gol. No automóvel estavam os pertences das vítimas, assim como a carga de abacaxi.
Na mesma rua, os militares avistaram uma caminhonete Toyota Hilux, estacionada em uma residência, com o portão aberto. No local, os policiais foram recebidos por homens que disseram não saber o motivo da caminhonete estar estacionada no quintal.
Durante varredura, os militares escutaram gritos de socorro vindos do seringal. Já na mata, os dois trabalhadores foram encontrados deitados no chão com as pernas e braços amarrados com cordas, fios e lacres. Os suspeitos fugiram do local.
Aos policiais, as vítimas relataram que estavam vendendo abacaxi próximo à rodoviária da cidade, quando um homem de bicicleta se aproximou, comprou um abacaxi, e disse que as vítimas deveriam se explicar para uma facção criminosa o motivo de estarem na cidade, sendo que o veículo deles tinha placa de Campo Grande/Mato Grosso do Sul, domínio de uma facção rival.
Em seguida, um motociclista parou ao lado deles, e mandou eles entrarem no carro e acompanharem o ciclista. Já na residência, eles disseram que os suspeitos começaram a pressioná-los a confirmar que faziam parte da facção rival. Eles foram amarrados e torturados com tapas e chutes, e ainda informados que seriam executados.
No seringal, segundo os trabalhadores, tinham pelo menos oito homens munidos de foices. Eles relataram que só não morreram, pois os criminosos avistaram a presença dos policiais e fugiram.
Foram realizadas diligências, mas os suspeitos não foram localizados.
Diante da situação, os proprietários da residência foram conduzidos à delegacia, pois as vítimas disseram que eles estavam presentes também durante a ação.
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