A Polícia Federal ampliou a investigação sobre venda de decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e apura, em uma nova operação deflagrada hoje, suspeitas envolvendo integrantes do Ministério Público do Tocantins.
A nova fase cumpre a prisão preventiva de Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor do procurador Ricardo Vicente da Silva, do MP do Tocantins. O procurador também está sendo investigado. Thiago Carvalho é advogado e é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, que não foi alvo da operação.
A suspeita da PF é que o grupo tenha acionado o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves — preso desde dezembro — para obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas do STJ.
"Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das operações policiais", informou a PF em comunicado.
Os novos indícios surgiram a partir de uma investigação da Polícia Federal deflagrada no ano passado contra o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, do Tribunal de Justiça do Tocantins. Ao analisar o seu celular, a PF encontrou diálogos em que Thiago Carvalho relata ter obtido acesso a inquéritos sigilosos do STJ que miravam autoridades do estado. A PF apontou que havia conexão desses fatos com o inquérito já em andamento sobre as suspeitas de venda de decisões da Corte e, por isso, deflagrou a nova operação de hoje.
Até agora, as investigações miravam a atuação do lobista no STJ e nos tribunais de Justiça de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Essa nova operação amplia o escopo da investigação para a existência de um novo braço de atuação do grupo clandestino do STJ, desta vez envolvendo o repasse de informações sigilosas a integrantes do MP do Tocantins. (Fonte: UOL)
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