A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, deflagrou, na manhã desta terça-feira (07.11), a Operação Falsa Portabilidade para prender membros de organização criminosa que criaram contas para desviar salários de servidores de Mato Grosso.
Na operação estão sendo cumpridos 32 mandados de prisão temporária, 44 mandados de busca e apreensão domiciliar, 39 bloqueios de contas bancárias ligadas à associação criminosa e um mandado de sequestro de bens e valores com o valor superior a R$ 511 mil, referente ao prejuízo da instituição vítima. Os mandados são cumpridos nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo a Polícia Civil, a investigação iniciou há aproximadamente um ano e meio, e detectou que tiveram como vítima principal uma instituição que presta serviços de pagamentos, transferências de valores e portabilidade de salário, assim como diversos servidores públicos e outras pessoas que tiveram seus salários desviados para contas falsas, criadas pelos golpistas.
As investigações apontaram que após a abertura das contas, utilizando documentos falsos com dados de terceiros, os integrantes da associação criminosa solicitavam, de maneira fraudulenta, a portabilidade dos salários de várias pessoas para as contas criadas.
Depois de transferido os valores dos salários para as contas abertas fraudulentamente, os integrantes do grupo dissipavam os valores de maneira rápida para várias outras contas bancárias ou efetuavam saques em caixas automáticos.
Utilizando da fraude, os investigados subtraíram valores relativos ao salário de vários servidores públicos e de outras pessoas. Os trabalhos investigativos contaram com a colaboração da Instituição financeira vítima, por meio de auditorias e levantamentos de dados, que subsidiaram o levantamento dos fatos apurados, assim como as representações ao Poder Judiciário.
O delegado que coordenou as investigações, Marcelo Torhacs, destacou que durante análise financeira dos investigados, apurou-se que alguns líderes movimentaram valores expressivos e suspeitos, sendo em um dos casos o valor superior a R$ 9 milhões. Vários dos investigados possuem antecedentes criminais.
“Com as medidas cautelares cumpridas, dentre elas de busca e apreensão, bloqueio de contas e sequestro de bens, a operação busca descapitalizar o grupo e cessar suas atividades criminosas, bem como identificar o maior número possível de integrantes envolvidos”, disse o delegado.
Ainda segundo a Polícia, pelo menos 44 pessoas foram identificadas até o momento como membros da organização criminosa. Os investigados respondem pelos crimes de associação criminosa, estelionato eletrônico e lavagem de dinheiro.
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