A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso deflagraram nesta quinta-feira (21.02) a segunda fase da Operação Data Leak, que apura o comércio ilícito de bases de dados públicas sigilosas da DataPrev, Siape, Prefeituras e Exército. O MPF pretende requerer bloqueio de R$ 10 milhões dos investigados – que não tiveram os nomes revelados.
Segundo a PF, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 10 de buscas e apreensões nas cidades de Curitiba (Paraná), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), São Paulo e Rio de Janeiro. Um dos mandados de prisão de refere a funcionário da DataPrev do Rio de Janeiro suspeito de prática de corrupção, violação de sigilo funcional e vazamento de dados sigilosos.
Conforme a Polícia Federal, na primeira fase da Operação Data Leak, ocorrida no dia 11 de dezembro do ano passado, foram cumpridos outros 7 mandados de prisão temporária e 9 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 5ª Vara Federal de Cuiabá.
O nome Data Leak faz referência ao vazamento de dados sigilosos que chegam ao poder de pessoas que praticam o comércio clandestino de informações financeiras e pessoais de funcionários públicos e segurados do INSS.
Os receptadores dos dados, por sua vez, comercializam as informações com escritórios de advocacia, contabilidade, financeiras e empresas de cobrança, dentre outras, auferindo expressivos lucros na transação.
A Polícia Federal apurou que essas empresas chegam a faturar mais de R$ 2 milhões por mês com o comércio dos dados públicos sigilosos. Na primeira fase foram apreendidos vários veículos de luxo pertencentes aos investigados.
Os investigados estão sendo indiciados e responderão criminalmente por vazamento e receptação de dados públicos sigilosos, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e participação em organização criminosa.
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