Uma mulher de 40 anos foi arrastada por um carro por cerca de 800 metros após uma briga de trânsito na madrugada deste domingo (13) no município de Rio do Sul, no Vale do Itajaí. Ela estava em uma motocicleta acompanhada pelo marido. Por volta das 3h20, o veículo se envolveu em um colisão contra o automóvel, dirigido por um rapaz de 21 anos.
Segundo a Polícia Civil, a mulher perdeu os dois seios e deve passar por cirurgia na segunda-feira (14) no Hospital Regional de Rio do município, para onde foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros. Com a batida, ela ficou presa na parte de baixo do automóvel, entre as rodas dianteiras e traseiras. Não há informações sobre o estado clínico dela.
A delegada Karla Bastos Miguel, da Delegacia de Proteção à Mulher, disse que a investigação do Instituto Geral de Perícias (IGP) deve indicar como a mulher foi parar embaixo do carro. "Não entendemos como ela foi parar na parte inferior do veículo. Ela poderia ter tido traumatismo craniano ou uma fratura no pescoço", afirmou.
Depoimentos
Ela contou que o jovem se apresentou na delegacia por volta das 19h30 deste domingo, acompanhado do pai, e chorou bastante durante o depoimento. O rapaz relatou à polícia que seguia pela rua Tuiuti, no Centro da cidade, quando houve a batida. Ele contou que, após uma rápida discussão, o condutor da moto subiu na calçada em direção ao automóvel.
Já o marido, que pilotava a moto, disse o contrário. Ele informou que o motorista do carro foi quem acelerou o veículo na direção da moto. A polícia vai ouvir outras pessoas e assistir as imagens das câmeras de monitoramento da rua onde aconteceu o acidente. Além disso, será realizada uma reconstituição do fato nos próximos dias.
Conforme a delegada, o rapaz foi liberado porque não tem antecedentes criminais e se apresentou espontaneamente à polícia, mas que "há indícios contundentes de que houve tentativa de homicídio". O casal mora no município de Lages, na Serra catarinense, e estava em Rio do Sul a passeio.
Ainda de acordo com a delegada, o jovem disse que não havia visto que a mulher tinha sido arrastada. Conforme o relato de um taxista, o condutor do automóvel só parou o veículo depois que ele avisou sobre o ocorrido. Depois de parar, o rapaz deixou o carro na rua Euclides da Cunha, no Centro de Rio do Sul, e fugiu do local.
Caso semelhante
No último dia 16 de março, a auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, de 38 anos, teve o corpo arrastado por 350 metros por um carro da Polícia Militar no Rio de Janeiro. A mulher foi colocada no porta-malas do veículo para ser levada ao hospital, mas, durante o trajeto, o bagageiro abriu e ela caiu, sendo arrastada pela rua.
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