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Polícia Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, 15:40 - A | A

Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, 15h:40 - A | A

Confira relato

Mulher denuncia estupro cometido por policiais militares e cobra providências da Corregedoria-Geral

A ex-candidata disse que os militares já teria sido envolvidos em boatos por destruírem famílias na cidade

Gislaine Morais/VGN

Uma ex-candidata a vereadora do município de Tabaporã, a 630 km de Cuiabá, relatou ao que durante a campanha eleitoral do ano passado, mas precisamente em setembro de 2024, foi vítima de estupro por parte de dois policiais militares do município. Quase dois meses após a denúncia, a ex-candidata questiona se a Corregedoria-Geral adotou alguma medida, se os policiais estão sob investigação e se serão responsabilizados pelo ocorrido.

O crime teria ocorrido em setembro e a vítima, que alega ter ficado transtornada após o ocorrido, conseguiu procurar a Delegacia da Polícia Civil somente em dezembro de 2024 para registrar a ocorrência. Segundo a vítima, o crime aconteceu no Batalhão da Polícia Militar após uma reunião política, em que foi servido churrasco e cerveja.

Na ocorrência, ela relatou que após a reunião somente algumas pessoas ficaram no local. Ela disse que ingeriu bebida alcoólica e em certo momento sentou "na mesa" onde estavam jogando truco e acabou perdendo a noção dos sentidos. A ex-candidata disse que mesmo nas condições que estava lembra que foi abusada sexualmente por dois militares.

Ela disse que se recorda de um deles pegar em seus seios e mostrar para pessoas que estavam no local, e outro teria tocado em suas partes íntimas. "Eu me lembro deles falando: - Vamos comer você aqui em cima para todos verem. Eu segurei no rosto do dois e disse: - Vocês são comedores de mulheres casadas e destruidores de famílias", diz trecho do relato. Ela teria mencionado um boato que saiu na cidade envolvendo os mesmos policiais.

A vítima contou que outras pessoas presenciaram o ocorrido. Ela contou se lembrar de um cabo eleitoral que foi com ela e não ingeriu bebida alcoólica e teria ido até o banheiro para chamá-la para ir embora. Ela relata que os dois miliares estavam fardados e estavma de serviço no dia.

"Não me lembro quando fui embora. Mas me recordo que quando cheguei em casa me deu um surto muito grande e eu quebrei as coisas, após ser cobrada por meu marido por estar na rua naquele horário. Eu quebrei um portão de ferro e a moto do meu esposo. Depois eu dormi, e quando acordei estava com dores nas partes íntimas", declarou.

A ex-candidata a vereadora, disse que não achava seu celular e voltou no Batalhão para ver se havia deixado e só após ameaçar ir a polícia, um dos militares que a abusou entregou o aparelho todo danificado.

Após toda situação, a vítima disse que procurou um médico e ele disse que ela teve um surto psicótico e a diagnosticou com transtorno de afetivo de bipolaridade tipo 01. Segundo ela, precisou deixar a cidade por medo e agora mora com uma parente realizando tratamento médico.

Além de registrar um boletim de ocorrência, a vítima informou que também denunciou os militares à Corregedoria-Geral da polícia.

Corregedoria está investigando o caso

A reportagem do procurou a assessoria da Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Em nota, a Polícia Militar informou que já está investigando o caso que supostamente envolve policiais militares do município de Tabaporã. Segundo a PM, a Corregedoria Geral abriu procedimento administrativo após a denúncia ser formalizada.

"A PMMT reforça ainda que não coaduna com nenhum tipo de violência ou abuso de autoridade e que o caso está sendo investigado com o máximo rigor", diz trecho da nota.

Até o fechamento da matéria a assessoria da Sesp não se pronunciou. Contudo, o espaço permanece aberto para manifestação.

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