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Polícia Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 11:20 - A | A

Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 11h:20 - A | A

operação Cleópatra

Médico e ex-policial federal são alvos de operação por esquema de pirâmide em MT

Aliados à empresária, estavam um médico e um ex-policial federal

Redação/VGN

Uma empresária, cuja identidade não foi revelada, teve o mandado de prisão cumprido na manhã desta quinta-feira (31.10), no aeroporto do município de Sinop, a 479 km de Cuiabá. A suspeita que desembarcava de uma viagem que fazia para o nordeste do país, é alvo da operação "Cleópatra", considerada a líder de um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá.

Aliados à suspeita, estavam um médico e um ex-policial federal (ex-marido da empresária) que também são alvos da investigação. Os investigados respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Conforme a delegado da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Rogério Ferreira, até o momento os prejuízos às vítimas chegam a casa dos R$ 2,5 milhões, porém pode ser muito superior a esse valor, uma vez que certamente há outras vítimas que não registraram a ocorrência.

As ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, além de mandados para bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas, são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis, Sinop.

A empresária, proprietária da empresa DT Investimentos, usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.

O ex-policial federal era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.

As buscas resultaram na apreensão de uma caminhonete Ford Ranger e de diversos documentos que serão analisados na continuidade das investigações.

Nome da operação - Cleópatra faz referência à principal investigada do esquema de pirâmide financeira, que assim como a rainha do Egito, atraia e exercia grande influência nas pessoas devido a sua beleza, riqueza e boa habilidade comunicativa.

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