O irmão de um sargento da PM, Rogério Ricard Santos, foi morto em uma espécie de “provação” realizada por criminosos para que um integrante que deixou a facção pudesse retornar ao grupo criminoso. A informação foi revelada em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (02.07). Dois homens, suspeitos do crime, foram presos nesta terça-feira mais de dois anos após o crime, cometido em 17 de fevereiro de 2022. Conforme o delegado responsável pela operação, Maurício Maciel Pereira Júnior, o suspeito preso em Campo Grande, seria o “disciplina” da facção criminosa nos bairros 1º de Março e João Bosco, em Cuiabá.
Segundo o delegado, um dos envolvidos teria "rasgado a camisa", ou seja, deixado a facção criminosa, e para se reabilitar no grupo ele teria a missão de executar um policial militar.
No dia 17 de fevereiro de 2022, sabendo que a missão de chegar até o sargento da PM, seria difícil, pois ele fazia parte de um grupo especial da Polícia Militar, resolveram enquadrar Rogério Ricard, pois o mesmo já teria passagens criminais e havia cometidos crimes de furtos na região.
O delegado Maurício esclareceu que Rogério foi espancado em um campo de futebol, e chegou até a tentar correr, mas acabou sendo violentamente agredido. A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
“O laudo pericial de necropsia apontou inclusive que tudo foi feito para causar o máximo de sofrimento possível. As lesões foram feitas de uma forma para causar dor nessa vítima”, enfatizou o delegado.
Maciel disse que no dia do ocorrido o sargento da PM, chegou a registrar um boletim de ocorrência (B.O) relatando que havia recebido informações de que o irmão teria sido vítima de um salve.
Durante as investigações, o delegado explicou que um policial civil da DHPP, chegou a ser ameaçado logo depois de realizar diligências no bairro 1º de Março, no intuito de localizar os suspeitos. Maurício disse que o policial precisou ser transferido para outra unidade.
Em relação à continuidade do cumprimento das ordens judiciais, Maciel disse que três envolvidos no homicídio de Rogério Ricard ainda estão foragidos.
“A investigação está bastante robusta, a gente busca resultados efetivos, não só essa prisão. São dois alvos que foram presos, interrogados. Tem outros três que não foram localizados, estão foragidos, mas temos bastantes elementos para indiciá-los e algumas outras diligências de análises que estão concluindo”, ponderou Maciel.
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