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Polícia Terça-feira, 27 de Junho de 2017, 09:12 - A | A

Terça-feira, 27 de Junho de 2017, 09h:12 - A | A

ALTA PERICULOSIDADE

Homicida foragida de MT é presa em Goiás

SESP MT

Ilustração

presa

 

O serviço de inteligência da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT) recapturou, na manhã desta segunda-feira (26.06), Angélica Saraiva de Sá, de 28 anos, conhecida como “Angeliquinha”. Ela é apontada como líder de uma quadrilha envolvida em roubos, tráfico de drogas e homicídios, na cidade de Alta Floresta (800 km ao Norte de Cuiabá).

A prisão de Angélica ocorreu na cidade de Rio Verde, no estado de Goiás, local em que mantinha uma casa supostamente para prostituição. No estabelecimento, a mulher foi presa pelos policiais da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, que irão fazer a transferência da acusada para o presídio feminino da Capital mato-grossense novamente.

A mulher é considerada de alta periculosidade por estar vinculada a uma organização criminosa, que atua dentro e fora de presídios de Mato Grosso. Ela estava presa em Cuiabá, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, e foi posta em liberdade em marco de 2017, por um erro de sistema.

A presa teve um alvará de soltura expedido pela Justiça, dentro de um dos processos que responde. Mas ela tinha outros mandados de prisão preventiva em vigor, o que impediria sua soltura.

Vida pregressa

A criminosa é bastante conhecida da Polícia Civil, no Norte de Mato Grosso. Em 2013, depois da prisão de uma quadrilha, a mulher e o marido assumiram o tráfico de drogas, na região de Nova Bandeirantes, onde também aterrorizavam garimpeiros. Naquela ocasião, ela já tinha ligação com homicídios.

Em setembro de 2015, Angeliquinha voltou a ser alvo de uma operação da Polícia Civil de Alta Floresta, deflagrada para por fim a onda de crimes que vinha liderando na cidade. A ação desencadeada pela Delegacia de Alta Floresta, com apoio das Delegacias de Carlinda e Paranaíta, resultou na detenção de 13 pessoas, incluindo menores de idade.

As investigações iniciaram após uma série de homicídios ocorridos em Alta Floresta. A Polícia Civil conseguiu identificar integrantes e o modo de autuação da quadrilha, levando inicialmente a prisão dois assaltantes, em Carlinda, e dias depois na desarticulação do grupo criminoso.

A dupla, quando presa, estava voltando para Alta Floresta para encontrar os demais integrantes do bando. Os dois foram flagrados com dinheiro e arma de fogo.

Segundo a Polícia, a quadrilha era responsável por roubo de veículos e homicídios ocorridos na cidade. Após o roubo, as motocicletas eram vendidas em garimpos da região e em cidades do interior. O dinheiro adquirido com a comercialização dos veículos era utilizado para compra de armas e para manter as despesas da quadrilha. Os menores eram aliciados para integrar a quadrilha e eram utilizados para prática dos assaltos e homicídios.

De acordo com as investigações, a líder do grupo, “Angeliquinha”, é pessoa de confiança de um traficante de grande porte, procurado pela Polícia. Ela seria a responsável por dar ordens para que os roubos e homicídios fossem praticados na cidade. Todos os integrantes da quadrilha foram presos em um acampamento, próximo a balsa da Indeco, onde estavam preparados para passar, no mínimo, dois meses.

Ao perceber a presença dos policiais, os acusados tentaram fugir, entrando na mata, mas ao perceber que estavam cercados decidiram se entregar. Uma jovem de 23 anos, que estava desaparecida, foi encontrada e estava participando das atividades ilícitas da quadrilha.

Entre os crimes praticados pelo grupo, estaria um duplo homicídio, ocorrido em agosto de 2015. As duas vítimas executadas e uma terceira que conseguiu sobreviver aos ferimentos eram primas de “Angeliquinha”. As investigações apontam que outros três homicídios, todos ocorridos no mês de agosto, foram realizados por integrantes da quadrilha.

Os trabalhos da operação foram coordenados pelo delegado Carlos Francisco de Moraes e o delegado regional Rodrigo Bastos da Silva.

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