Dois homens identificados pelas iniciais E.G.C.J., 61, e M.A.S.J., 30 anos, presos nessa segunda-feira (18.11), sendo um deles acusado de atirar e matar Diego do Santos, 34 anos, na rodovia Palmiro Paes de Barros, sentido trevo do município de Santo Antônio do Leverger, a 34 km de Cuiabá, foram ouvidos pelo delegado Maurício Maciel, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
No depoimento que o 
teve acesso, M.A., proprietário da motocicleta furtada, disse que seu veículo foi levado da frente da sua residência no bairro Vista Alegre, em Cuiabá, na manhã dessa segunda (18). Após o furto, o idoso E.G., sogro da vítima, foi até o local e em seguida ambos saíram pelas ruas com a intenção de procurar a moto em alguma oficina.
Segundo ele, não imaginava que o sogro estava armado antes dele [E.G.] pedir para afastar o banco da kombi, pois pegaria a espingarda. Quando se deparam o com suspeito e iniciaram a perseguição, M.A. disse que não imaginava que o sogro fosse atirar contra Diego e disse: "É melhor jogar a kombi do que dar um tiro nele. Não imaginei que ele iria atirar", diz trecho.
Para M.A., encontrar com o suspeito na rodovia foi uma "triste" coincidência, levando em consideração o desfecho.
Após a perseguição que culminou no idoso atirando contra o motociclista, M.A. relatou que após o tiro pararam a kombi um pouco mais a frente e ele retornou a pé. Segundo ele, quando viu Diego caído, se aproximou e ao perceber que ele estava vivo, desferiu dois socos em seu rosto e saiu.
Ainda em depoimento, ele relatou que o sogro deu marcha ré e com muito custo colocaram a moto em cima da Kombi com intenções de voltarem para casa. M.A. declarou que o sogro percebeu que estavam sendo seguidos, momento em que foram fazer a curva e a moto caiu. "Nesse momento um homem parou se identificando como policial e mandou a gente deitar no chão. E por coincidência tinha uma guarnição almoçando ali perto, e eles vieram e fomos colocados no camburão e conduzidos à delegacia", relatou.
No depoimento de E.G.C.J., ele relatou que foi acionado pela filha e informado sobre o furto da moto do genro. Ele disse que ficaram na casa por um tempo e então resolveram andar, alegando que já teve um veículo recuperado naquela região. Ele disse que durante o trajeto identificaram a moto e então seguiram o suspeito.
"Meu genro reconheceu a moto descendo sentido Palmiro Paes. Eu fiz o contorno e fomos atrás. Quando alcançamos ele, eu já estava com a espingarda aposto e quando eu me alinhei com ele eu atirei", declarou o idoso em depoimento.
Ele disse que então deu marcha ré na kombi e colocaram a moto em cima do veículo. A versão após serem abordados pelo policial apaisana foi a mesma relatada por seu genro.
Diego do Santos, 34 anos, morreu ainda no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. Foram solicitadas imagens de câmeras de segurança nas proximidades da residência onde a motocicleta teria sido furtada.
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