O Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), e as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal deflagraram na manhã desta quarta-feira (27.04) a Operação Placebo para desarticular uma quadrilha especializada em furto, roubo e estelionato de carregamento de fertilizantes agrícolas, que pode ter causado prejuízo na ordem R$ 39 milhões.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), estão sendo cumpridos 25 ordens judiciais em Rondonópolis, Cáceres, São Gabriel do Oeste (MS) e Dourados (MS), sendo que 21 mandados e busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
Além disso, foi deferida pelo Juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, medida judicial de proibição de contato entre os investigados, sequestro e bloqueio de bens.
O MPE apontou que a operação é uma resposta das forças de segurança que visa combater a prática de crimes diversos que implicam prejuízo ao agronegócio mato-grossense, aos transportadores e agenciadores de carga e diversas outras empresas e pessoas que estão sendo vítimas de crimes extremamente prejudiciais à saúde financeira do Estado de Mato Grosso, além de comprometer a produção agrícola, em grande parte destinada à exportação.
Também deram suporte a investigação o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Secretária de Estado de Fazenda (Sefaz).
O prejuízo causado pelos crimes investigados, somente no ano de 2019, são de cifras acima de R$ 39 milhões, segundo levantamentos parciais realizado pelas empresas de transporte, agenciamento, produção e comercialização de fertilizantes agrícolas.
Investigação
De acordo com o Gaeco, os investigados praticavam ilícitos em diversas modus operandi para consecução dos crimes, nos quais subtraiam a totalidade de carregamentos de fertilizantes agrícolas ainda na posse de motoristas, que também eram cooptados para o crime. Em seguida, trocavam a carga por material “adulterado” para ser entregue ao destinatário, que no caso são os produtores rurais.
Como o produto entregue se tratava de uma simulação, o que originou a denominação da operação “Placebo”, em nenhuma propriedade para o plantio, causava prejuízos diretos às lavouras, bem como aos transportadores, agenciadores e muitos outros que arcavam com os prejuízos das cargas subtraídas.
Na sequência, esse material verdadeiro era novamente “adulterado” e multiplicado, no qual era adicionado produtos de baixo ou nenhuma qualidade, sendo posteriormente revendido a outros produtores rurais como fertilizante agrícola legítimo. Apurou-se também que diversas empresas atuavam como verdadeiras “fabricantes” de nota fiscal, com a finalidade de legalizar uma “fictícia” entrada do produto em estoque, sendo que essas empresas ainda eram utilizadas para emissão de notas fiscais de venda e transporte do material subtraído, com aparência de produto legal
Com investimento na ordem de “meio milhão”, prefeita de Nova Brasilândia compra veículos para manutenção de estradas do município. (Com informações do MPE/MT).
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